Em um esforço para garantir tempo para se dedicar às próprias campanhas, os deputados estaduais ajustaram as sessões plenárias da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para apenas dois dias da semana um a menos do que o normal. Os parlamentares aprovaram um requerimento, assinado pelos líderes do governo e da oposição, em que transferem a sessão de amanhã para logo depois das votações de hoje. A medida vale apenas para esta semana, mas, conforme já adiantaram os líderes, deve ser mantida até o fim das eleições.
"Em período eleitoral, isso [o ajuste das sessões] tem sido praxe", diz o líder do governo, deputado Ademar Traiano (PSDB). Ele garante, porém, que a medida não causa prejuízos aos trabalhos da Casa. "É uma eleição muito curta e o deputado precisa estar nas suas bases. Portanto, nós teríamos dificuldade de quórum. Então, acho melhor que façamos semanalmente um esforço concentrado para liberar os deputados para irem ao interior", diz.
Para o líder da oposição, Elton Welter (PT), o ajuste é menos abusivo que o adotado no Congresso Nacional, onde os parlamentares se reúnem em apenas uma semana durante o período de campanha para votar os projetos relevantes e são dispensados no restante do mês para trabalhar nas suas bases eleitorais. "A Assembleia Legislativa poderia fazer isso se quisesse, mas não fará", justifica.
Ambos os deputados admitem, entretanto, que as pautas das sessões plenárias andam enfraquecidas e que, mesmo com o esforço concentrado, o quórum se mantém baixo. Na sessão de ontem, por exemplo, não havia mais que 38 dos 54 deputados no plenário. Entre os 13 projetos em pauta, oito tratavam de concessão de títulos de utilidade pública, três de inclusão de datas oficiais no calendário do estado e um de denominação de um viaduto.
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