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Claudio Marques da Silva recebe um salário de R$ 6.974,42 | Reprodução TV
Claudio Marques da Silva recebe um salário de R$ 6.974,42| Foto: Reprodução TV

Denúncias

A série de reportagens Diários Secretos revelou um esquema de corrupção que, pelas estimativas do Ministério Público, resultou no desvio de pelo menos R$ 200 milhões. Os diários oficiais da Alep não eram públicos. Os documentos foram reunidos, digitados e organizados pela equipe de jornalistas da Gazeta do Povo e da RPC TV.

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) prorrogou a licença do servidor Claudio Marques da Silva, um dos condenados no caso dos Diários Secretos, para a Secretaria de Estado do Trabalho. A prorrogação, até 31 de dezembro deste ano, foi publicada na edição do dia 29 de janeiro do Diário Oficial da Alep. Marques da Silva foi condenado em agosto do ano passado a 18 anos, 11 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.

A assessoria da Assembleia informou que Marques da Silva, que foi diretor de pessoal da Casa, integra um grupo de servidores à disposição de outros órgãos desde que foi feito o recadastramento dos funcionários, em 2010, depois que a Gazeta do Povo e a RPC TV divulgaram a série Diários Secretos. De acordo com a assessoria, os casos de supostos funcionários fantasmas foram encaminhados ao Ministério Público do Paraná. No caso de Marques da Silva, a Casa aguarda o desfecho no processo na Justiça, já que o servidor foi condenado em primeira instância e ainda pode recorrer.

O salário do ex-diretor de pessoal, no valor de R$ 6.974,42, seguirá sendo pago pela Assembleia. Segundo a assessoria da Secretaria do Trabalho, Marques da Silva ocupa um cargo de assessor na Diretoria Geral do órgão. A assessoria informou que ele entrou em férias na última segunda-feira e só retornará às atividades no dia 4 de março. A pasta é comandada por Luiz Claudio Romanelli, deputado licenciado.

Condenações

Além dele, foram condenados por peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro o ex-diretor-geral da Alep Abib Miguel, conhecido como Bibinho, e o ex-diretor administrativo José Ary Nassiff. Bibinho foi condenado ainda a pagar as custas do processo e 1.117 multas, no valor de 223 salários mínimos. Nassiff e Marques da Silva também deverão pagar 1.093 multas (o valor não foi divulgado pela Justiça). Em agosto de 2012, oito ex-funcionários fantasmas da Casa também foram condenados.

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