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A região metropolitana de Curitiba (RMC) pode ganhar três novos municípios: Campo do Tenente, Piên e Rio Negro, passando a ter 29 cidades. O projeto de lei, do deputado Stephanes Júnior (PMDB), foi aprovado ontem em terceira discussão na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A proposta de inclusão dos novos municípios segue agora para sanção do governador Beto Richa (PSDB). Mas Richa pode vetar a proposta.

Nos bastidores, fontes do governo contam que o governador pode barrar o projeto para evitar o "inchaço" da região metropolitana no entorno de outras grandes cidades do Paraná e os custos que isso poderia gerar. Richa já teria comentado com interlocutores mais próximos que somente o Executivo é que poderia propor uma lei para incluir novos municípios em regiões metropolitanas.

Apesar desse entendimento, a bancada governista se mobilizou e o projeto foi aprovado por unanimidade – 42 votos. Stephanes justificou a inclusão como sendo uma forma dos novos municípios terem a possibilidade de receber mais recursos do governo federal – já que a legislação é mais flexível quanto a repasses para cidades que integram regiões metropolitanas.

"Os [novos] municípios serão contemplados e irão receber mais recursos", explica José Antonio Camargo, prefeito de Colombo e presidente da Associação Munici­­­pal da Região Metropolita­­­na (Assomec).

Ao mesmo tempo em que permite mais repasses da União, a inclusão dos três novos municípios na RMC vai impactar diretamente no serviço integrado de transporte que liga as cidades da região metropolitana à capital. Camargo reconhece a dificuldade na integração e admite a necessidade de desenvolver estudos para que a população de Campo do Tenente, Piên e Rio Negro também seja atendida pela rede integrada de transporte.

Para o secretário de Assuntos Metropolitanos de Curitiba, Horácio Monteschio, o único problema da inclusão poderá ser justamente o sistema de transporte coletivo, que deverá ser adequado para funcionar de forma integrada com as três novas cidades.

Essa seria, inclusive, uma das preocupações de Richa. Com municípios mais distantes na RMC, o custo da tarifa tenderia a subir na rede integrada. Stephanes, porém, vê os benefícios disso para os moradores das três cidades . "Atualmente, um morador desses municípios paga cerca de R$ 40 de passagem para se deslocar até Curitiba. Com a integração à região metropolitana, terá direito a uma tarifa semelhante àquela paga pelo curitibano [R$ 2,50]", explica o deputado.

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