Eles têm em comum o fato de serem deputados estaduais e de já terem sido prefeitos de Londrina. Mas as diferenças entre Antônio Belinati (PP) e Luiz Eduardo Cheida (PMDB) param por aí. A começar pelas posições políticas: um faz oposição ao governo do estado e outro é do partido do governador Roberto Requião (PMDB).
Belinati sempre adotou o estilo popular, buscando voto no eleitorado de baixa renda. Cheida tem respaldo no meio intelectual e vem se destacando na área do meio ambiente.
Para Belinati, Londrina será o município com maior número de candidatos a prefeito do Brasil. E na avaliação de Cheida, será uma disputa entre homens experientes, onde não dá subestimar nenhum concorrente. "Ninguém é marinheiro de primeira viagem", diz Cheida.
A principal motivação para o número grande de candidatos, segundo Belinati, é que mesmo perdendo a eleição, os deputados ficam com a campanha de reeleição pronta para 2010, depois de longa exposição no rádio e na televisão durante o horário gratuito eleitoral.
Belinati se considera numa situação confortável. "A guerra é entre os demais para saber quem irá comigo", diz. Para o ex-prefeito, o episódio que resultou na cassação de seu mandato e as denúncias de desvio de dinheiro público está superado. "Já fui julgado pelo povo, que me elegeu deputado", disse.
Para Cheida, o que vai pesar na eleição do próximo ano será a experiência, ao contrário das anteriores, onde o novo levou vantagem.
A grande tônica , após a cassação de Belinati, era eleger alguém novo. "O Nédson foi tão apagado e ruim como deputado federal que as pessoas até achavam que ele nunca foi político, o que facilitou a eleição dele como prefeito", avalia Cheida, que foi prefeito de 1993 a 1996.
Para a disputa do próximo ano, Cheida confia na ajuda do governador Roberto Requião. "Se o apoio for dividido estou fora. Não vou querer um apoio de faz de conta", avisa. Como a eleição é em dois turnos uma aliança entre PMDB e PT não está descartada no segundo turno.
Já Belinati, quer distância do governador, que não tem boa aceitação em Londrina. "A violência na cidade balançou a reeleição dele e como o problema aumentou, aumentou ainda mais o desgaste do governador", afirma.
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