Suspeito de envolvimento em um suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil, o assessor Gabriel Laender pediu demissão do órgão. O pedido de exoneração foi publicado nesta terça-feira (9) no "Diário Oficial da União". PF ouve depoimentos sobre quebra de sigilo e tráfico de influência Marido de Erenice nega à PF qualquer envolvimento em caso da Unicel Consultor diz ter alertado Casa Civil sobre cobrança de propina Entenda a crise que motivou a saída de Erenice Guerra da Casa Civil Gabriel Laender foi advogado da empresa de telefonia Unicel, onde trabalhou durante oito anos. A Unicel foi apontada em denúncia da revista "Veja" como beneficiada pela Anatel em autorização para atuar no ramo de telefonia móvel via rádio, mesmo havendo parecer contrário da própria procuradoria da agência, onde Laender trabalhava. O parecer da procuradoria foi alterado pouco depois, e a Unicel conseguiu a autorização.
Após o caso, Laender foi contratado como assessor da Casa Civil e tornou-se um dos integrantes do comitê gestor do Programa de Inclusão Digital, que visa aumentar o acesso da população à internet por meio de planos baratos de banda larga. Outros assessores da Casa Civil citados nas denúncias, como Vinícius Castro e Stevan Knezevics, já haviam pedido demissão.
Documento da Junta Comercial de São Paulo mostra que, em 2008, a Unicel foi dividida em duas empresas, uma delas para explorar a banda larga - área em que Laender atuou na Casa Civil.
No dia 29 de outubro, Gabriel Laender prestou depoimento à Polícia Federal. Após três horas de depoimento, ele deixou o prédio da PF sem falar com a imprensa.
As denúncias chegaram a apontar o marido de Erenice Guerra, José Roberto Camargo, como dono da Unicel. Em depoimento à PF em 20 de outubro, no entanto, Camargo afirmou que é homônimo do verdadeiro dono da empresa e que apenas prestou serviços eventuais à Unicel.
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