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O jornalista Roger Ferreira pediu demissão do cargo de assessor especial de Comunicação do governador Geraldo Alckmin. O pedido foi encaminhado nesta segunda-feira ao governador, um dia depois de Ferreira ter seu nome envolvido numa denúncia sobre um esquema de direcionamento de verbas publicitárias da Nossa Caixa para veículos de comunicação ligados a aliados de Alckmin. Segundo reportagem publicada no domingo pelo jornal "Folha de S. Paulo", Ferreira agia como intermediário do esquema.

Na carta enviada a Alckmin, Roger Ferreira argumenta que nada fez que "ferisse os ditames da ética e do espírito público" ao desempenhar sua função. "Mas não vou permitir que minha presença no governo seja pretexto para provocar desgastes injustificáveis à candidatura de Vª. Exa. à Presidência da República", justificou o assessor demissionário, que era cotado para integrar a equipe de comunicação da campanha presidencial de Alckmin.

Segundo a denúncia publicada no domingo, Ferreira intermediava publicidade da Nossa Caixa para veículos de comunicação indicados por deputados estaduais como Vaz de Lima (PSDB), Afanasio Jazadji (PFL) e Wagner Salustiano (PSDB). O ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros também teria se beneficiado de verbas publicitárias para a revista "Primeira Leitura". Eles negam ingerência política no caso.

A denúncia consta de dossiê apresentado ao Ministério Público pelo ex-gerente de marketing da Nossa Caixa Jaime de Castro Júnior. Ele foi demitido por justa causa do cargo em dezembro, depois de feita uma sindicância interna do banco para apurar as irregularidades. Castro Júnior teria entendido que a apuração protegeu outros envolvidos e resolveu denunciar as pressões que sofria no cargo para supostamente direcionar a publicidade da Nossa Caixa.

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