• Carregando...

A Polícia Civil do Distrito Federal abre nesta segunda-feira inquérito para investigar a origem dos R$ 79.752 apreendidos no sábado em poder do assessor parlamentar Emílio Fernandes de Paula Castilho, de 36 anos. Ele trabalha no gabinete do deputado Gerais Aracely de Paula (PR-MG), de quem é sobrinho. O dinheiro estava no porta-malas de seu carro, que foi parado por agentes rodoviários depois que Castilho fez uma ultrapassagem arriscada na BR-040 (Belo Horizonte-Brasília). Nervoso, o assessor parlamentar levantou suspeita e os policiais resolveram revistar o veículo.

O dinheiro estava em uma caixa de Sedex, dentro da mala de roupas do assessor parlamentar. Grande parte das notas era de R$ 20, R$ 50 e R$ 100. Estavam enroladas em fitas do banco Bradesco. Castilho deu diferentes versões para explicar a origem do dinheiro. Ao ser detido, disse que era fruto da venda de um carro, em Belo Horizonte. Em depoimento, afirmou que vendera, na verdade, três veículos, mas não soube dizer quem os teria comprado nem qual eram as placas.

O delegado Anderson Espíndola, titular da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR), irá comunicar hoje a apreensão à Polícia Federal e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que pode rastrear a origem dos recursos. Ele afirmou que, por enquanto, não há indícios de ligação de Aracely de Paula com o caso. O deputado não foi encontrado.

- Nos chamou a atenção o fato de um advogado que disse trabalhar para o deputado ter ido na delegacia, mas não tem nada que nos diga que o dinheiro possa ser do deputado - disse o delegado.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi cuidadoso ao comentar a prisão do assessor:

- É preciso aguardar a polícia investigar antes de fazer qualquer avaliação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]