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Serraglio: culpa foi do assessor | José Cruz/ABr
Serraglio: culpa foi do assessor| Foto: José Cruz/ABr

Umuarama - O deputado federal Osmar Serra­­­­glio (PMDB-PR) envolveu-se em duas irregularidades graves, com ramificações na Câmara dos Deputados e na Câmara de Verea­­­dores de Umuarama, no Noroeste do estado. Entre os 21 funcionários do parlamentar em Brasília está Cristiano Derenusson Nelli, que também ocupava o cargo de secretário-geral no Legislativo do município paranaense. A possibilidade de ter um funcionário fantasma no gabinete – Nelli cumpria expediente na Câmara de Vereadores –, o qual ainda acumulava dois cargos públicos, causou desgaste a Serraglio ao longo da semana.

Nelli foi exonerado da Câmara de Umuarama ainda na segunda-feira passada, quando as irregularidades vieram à tona. Ele continua com o cargo de assessor parlamentar na Câmara Federal, o qual ocupa desde 2007. A vaga no Legislativo municipal foi obtida em 2009, quando o irmão dele, o vereador Mar­­­celo Nelli, assumiu a presidência da Casa.

Marcelo Nelli disse que já estava planejando demitir o irmão, para atender orientação do Tribunal de Contas e evitar a acusação de nepotismo. Depois que o caso veio à tona, muitos moradores de Umuarama trocaram mensagens eletrônicas, acusando Cristiano de receber mais de R$ 6 mil de salário da Câmara de Vereadores.

O presidente do Legislativo mu­­­nicipal negou as denúncias. "Isso é calúnia, nenhum salário de servidor na Câmara é superior a R$ 4 mil." Marcelo Nelli afirmou que desconhecia que o acúmulo de cargos no poder público era ilegal. Segundo ele, a demissão ocorreu para evitar desgaste político para o deputado federal Osmar Serraglio, que deve tentar a reeleição para a Câ­­­­mara Federal neste ano.

Serraglio atribuiu a responsabilidade pelas irregularidades ao assessor. Segundo o deputado, Cristiano Nelli foi contratado para acompanhar na Câmara Munici­­­pal a tramitação de matérias que interessariam ao parlamentar. Segundo Serraglio, o as­­­­sessor não tinha a obrigação de dar expediente no Congresso. "Além disso, quando ele assumiu o cargo em Brasília, assinou uma declaração afirmando que não exercia nenhum outro cargo público", disse. O deputado afirmou que, se soubesse da situação, Cristiano não seria contratado.

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