Umuarama - O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) envolveu-se em duas irregularidades graves, com ramificações na Câmara dos Deputados e na Câmara de Vereadores de Umuarama, no Noroeste do estado. Entre os 21 funcionários do parlamentar em Brasília está Cristiano Derenusson Nelli, que também ocupava o cargo de secretário-geral no Legislativo do município paranaense. A possibilidade de ter um funcionário fantasma no gabinete Nelli cumpria expediente na Câmara de Vereadores , o qual ainda acumulava dois cargos públicos, causou desgaste a Serraglio ao longo da semana.
Nelli foi exonerado da Câmara de Umuarama ainda na segunda-feira passada, quando as irregularidades vieram à tona. Ele continua com o cargo de assessor parlamentar na Câmara Federal, o qual ocupa desde 2007. A vaga no Legislativo municipal foi obtida em 2009, quando o irmão dele, o vereador Marcelo Nelli, assumiu a presidência da Casa.
Marcelo Nelli disse que já estava planejando demitir o irmão, para atender orientação do Tribunal de Contas e evitar a acusação de nepotismo. Depois que o caso veio à tona, muitos moradores de Umuarama trocaram mensagens eletrônicas, acusando Cristiano de receber mais de R$ 6 mil de salário da Câmara de Vereadores.
O presidente do Legislativo municipal negou as denúncias. "Isso é calúnia, nenhum salário de servidor na Câmara é superior a R$ 4 mil." Marcelo Nelli afirmou que desconhecia que o acúmulo de cargos no poder público era ilegal. Segundo ele, a demissão ocorreu para evitar desgaste político para o deputado federal Osmar Serraglio, que deve tentar a reeleição para a Câmara Federal neste ano.
Serraglio atribuiu a responsabilidade pelas irregularidades ao assessor. Segundo o deputado, Cristiano Nelli foi contratado para acompanhar na Câmara Municipal a tramitação de matérias que interessariam ao parlamentar. Segundo Serraglio, o assessor não tinha a obrigação de dar expediente no Congresso. "Além disso, quando ele assumiu o cargo em Brasília, assinou uma declaração afirmando que não exercia nenhum outro cargo público", disse. O deputado afirmou que, se soubesse da situação, Cristiano não seria contratado.
Congresso frustra tentativa do governo de obter maior controle sobre orçamento em PL das Emendas
“Embargo ao Carrefour no Brasil inclui frango”, diz ministro da Agricultura
STF e Governo Lula se unem para censurar as redes sociais; assista ao Sem Rodeios
Procurador pede arquivamento dos processos federais contra Trump
Deixe sua opinião