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A terça-feira será de muitos depoimentos nas três CPIs que investigam os escândalos em Brasília. No total, pelo menos cinco pessoas serão ouvidas, incluindo as que deporão em duas subrelatorias da CPI dos Correios.

O depoimento mais aguardado é de Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ele vai depor na CPI dos Bingos para explicar sua relação com o advogado Rogério Buratti, que é acusado de cobrar propina para intermediar a renovação de contrato da empresa Gtech com a Caixa Econômica Federal, em 2003. Juscelino Dourado admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do Ministério da Fazenda desde o início do governo Lula.

O depoimento da presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, que estava marcado para esta terça-feira, foi adiado para o dia 6 de setembro. A dirigente será ouvida pela sub-relatoria de Movimentação Financeira da CPI. O horário e o local do depoimento ainda não foram definidos.

Também nesta terça-feira, a CPI dos Bingos ouvirá outro depoimento sobre o caso: Enrico Gianelli, ex-presidente da Gtech, suspeito de ter feito a intermediação entre Buratti e os dirigentes da empresa.

A CPI do Mensalão ouvirá nesta terça-feira, às 11h30m, José Carlos Batista, sócio da Guaranhuns Empreendimentos, empresa que está sob suspeita de participar do esquema de lavagem de dinheiro montado pelo empresário Marcos Valério. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu hábeas-corpus ao empresário, que terá, portanto, o direito de permanecer calado, de não se incriminar e de somente apresentar sua versão dos fatos em juízo, sem o risco de ser preso durante seu depoimento.

O relator da matéria, ministro Marco Aurélio de Mello, afirmou que o direito ao silêncio "é assegurado constitucionalmente a todo aquele que, sob a custódia, ou não, do Estado, é convocado para depor e vê-se alvo de investigação".

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