Brasília (AE) O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, classificou ontem como "fabulação absoluta" a denúncia de que o governo de Cuba teria contribuído com a doação de US$ 3 milhões (R$ 6,78 milhões em valores atuais) para a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.
De Paris, onde passou a última semana, Garcia ironizou as fontes da reportagem publicada pela Veja, que trouxe também os detalhes sobre a suposta trajetória do dinheiro até o Brasil, e desqualificou a revista.
"Eu acho essa história uma fabulação absoluta. Não me consta que Cuba tenha condições para financiar campanhas políticas em outros países", afirmou.
"Na literatura, a verossimilhança está também nos detalhes", completou, referindo-se às informações minuciosas do texto.
Ele insistiu que não havia lido a reportagem. Mas alegou que as fontes o advogado Rogério Buratti, ex-secretário de Governo da prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, na gestão do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o economista Vladimir Poleto, que, igualmente, participou da equipe não têm credibilidade. Garcia ainda afirmou que a revista "não é séria".
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