Determinada a ampliar a cota de mulheres em seu governo, a presidente eleita, Dilma Rousseff, analisa duas indicações para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social, que abriga o programa Bolsa Família: Tereza Campelo ou Márcia Lopes.O nome de Tereza Campelo, assessora da Casa Civil, ganhou força nos últimos dias. Gaúcha, ela seria uma opção à permanência de Márcia Lopes no comando da pasta. Márcia, que era secretária-executiva, assumiu o ministério depois que o antigo titular, Patrus Ananias (PT), se afastou para se candidatar a vice-governador de Minas Gerais.
Dilma ainda não descartou a possibilidade de efetivar Márcia Lopes no posto, mas essa opção gera insatisfação em alguns setores do PT, porque ela é irmã do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, já confirmado como futuro ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. A efetivação da paranaense Márcia Lopes soaria como uma escolha oligárquica.
Inicialmente, Tereza Campelo estava fora do xadrez ministerial por problemas de saúde, mas voltou às cotações após se recuperar.
Economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia, trabalha em administrações do PT desde 1989. Ela é casada com Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do partido.
Quem já está lá
Até agora, Dilma confirmou três mulheres na Esplanada dos Ministérios: a paulista Miriam Belchior, no Planejamento; a catarinense Ideli Salvatti, na Secretaria da Pesca; e a deputada gaúcha Maria do Rosário, na Secretaria Especial de Direitos Humanos. Ela também confirmou a chefe de comunicação do governo de transição, Helena Chagas, na Secretaria de Comunicação Social da Presidência.