A assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Linoprometeu entregar à Polícia Federal um CD com os nomes de todos os parlamentares que teriam recebido propinas para apresentar emendas ao Orçamento da União e favorecer um esquema de fraudes em compras públicas.
A informação foi dada à Reuters nesta quarta-feira por uma fonte ligada às investigações da "Operação Sanguessuga", que já prendeu 55 pessoas suspeitas de superfaturar a venda de ambulâncias para prefeituras. Maria da Penha disse à PF que 170 deputados teriam participado do esquema.
Em depoimento prestado em Cuiabá, segunda-feira, a assessora, que está presa, identificou 81 deputados, um senador e dois ex-deputados como supostos participantes do esquema. A PF espera obter a lista completa ainda nesta terça-feira.
Maria da Penha contou também que os parlamentares assinavam propostas em branco de emendas ao Orçamento. Os documentos, de acordo com o depoimento de Maria da Penha, eram preenchidos por funcionários da empresa Planam, que incluíam os valores da emenda e os municípios que receberiam a verba.
O esquema teria desviado R$ 110 milhões e as propinas para os parlamentares chegavam ao Congresso dentro de malas, nos bolsos e até em cuecas e meias de motoristas e funcionários da empresa, de acordo com o depoimento de Maria da Penha.
- Aleluia duvida da participação de 170 parlamentares em fraudes
- Deputada Ann Pontes rebate acusação de envolvimento com máfia das ambulâncias
- Congresso cria grupo para alterar critérios na aprovação de emendas ao Orçamento