A votação da revogação do aumento salarial dos vereadores e prefeito da próxima gestão ficará para o ano que vem em Sarandi, assim como ocorrerá em Maringá. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Sarandi, Rafael Pszybylski (PP) nesta terça-feira (20). "A partir da próxima segunda [dia no qual ocorrem as sessões ordinárias desse órgão] não haverá mais sessões por causa das festas de fim de ano."
Se a revogação não for aprovada, os governantes vão ganhar reajustes de até 45%. Os próximos vereadores de Sarandi vão ganhar R$ 7.980, cerca de 45% a mais que os atuais, cujo salário é de R$ 5,5 mil. O próximo prefeito ganhará com o aumento R$ 19,8 mil, 32% a mais que a remuneração vigente de R$ 15 mil.
Pszybylski contou que o prefeito Carlos Alberto de Paula Júnior (PDT) solicitou a revogação do aumento do salário do próximo prefeito. "Isso não é da alçada do prefeito", comentou. "Em janeiro, os vereadores devem se reunir para discutir essa questão."
Representantes da Associação de Moradores, da Associação Comercial e de igrejas que organizaram protestos na última sessão da Câmara afirmam que vão continuar a buscar a revogação dos supersalários.
"Na sessão de ontem [segunda (19)], compareceram cerca de 50 moradores. Também havia muitos representantes da imprensa. Apesar da insistência do vereador Bianco [PT], o presidente da Câmara [Rafael Pszybylski (PP)] não permitiu a discussão durante a sessão. Por causa dessa atitude, houve até vaias", contou o morador Josimar Priori, que faz parte do movimento.
Segundo as entidades que organizam o movimento contra os supersalários, alguns vereadores já estão mudando de opinião. "Do bloco dos oito vereadores que aprovou os novos salários, quatro parecem estar dispostos a reduzir", afirmou Priori.
A primeira votação que definiu os novos valores foi realizada no final de novembro. A decisão foi quase unânime para o aumento salarial dos dois cargos: o reajuste para prefeito foi aprovado por nove dos dez vereadores e para o dos vereadores houve oito votos a favor. O vereador Bianco (PT) foi o único a votar contra os dois reajustes.
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