Está disponível na internet a entrevista completa do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), ao programa Roda Viva, da TV Cultura, realizada nesta segunda-feira (6). A entrevista pode ser assistida abaixo, em vídeo publicado no canal oficial emissora no Youtube.
Entre os entrevistados de Richa estava o jornalista Rogério Galindo, repórter e colunista da Gazeta do Povo e responsável pelo blog de política Caixa Zero. Também participaram jornalistas de outros veículos de comunicação.
Durante a entrevista, o governador afirmou que hoje não lutaria para Curitiba ser sede da Copa do Mundo deste ano. Richa afirmou que esperava que os financiamentos fossem a fundo perdido, mas que os empréstimos têm juros maiores do que ele imaginava. "Não acho que as obras são supérfluas, mas não imaginava que os gastos fossem tão grandes".
Sobre a Copa do Mundo em Curitiba, daqui a pouco mais de um mês, o governador disse estar tranquilo com relação à segurança e a possíveis manifestações. "Estou tranquilo com relação à segurança. A Polícia Militar do Paraná foi exemplo de contenção nos casos em que as manifestações saíram do controle e tiveram a ação de baderneiros", disse.
Empréstimos
Durante a entrevista, Richa voltou a reclamar da demora na liberação de empréstimos por parte do governo federal. "Temos o menor apoio do governo federal na história. Sofremos mais discriminação do que na época da ditadura", reclamou.O tucano fez críticas ao governo federal e ao ex-governador Roberto Requião (PMDB), alegando que a crise financeira enfrentada pelo Paraná é resultado de erros da gestão passada e do mau relacionamento com o Planalto.
"É um conjunto de fatores. Quando fui prefeito de Curitiba, tivemos ótimos índices de aprovação, mas entramos no governo do estado e vimos uma situação deplorável, com muitas dívidas. Além disso, enfrentei, durante o mandato, uma ministra da Casa Civil que é inimiga política", afirmou.
Para ele, o posicionamento da ex-ministra Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo pelo PT, é o que atrasa a liberação de empréstimos e financiamentos. Mesmo com as reclamações, Richa aproveitou brechas nas perguntas para citar números e estatísticas do mandato, procurando uma imagem positiva.
Eleições
A disputa eleitoral de outubro tomou bastante tempo da entrevista. O governador preferiu não definir sua candidatura e disse ainda que apenas depois da convenção partidária poderá dizer se concorre à reeleição. Por outro lado, questionado sobre uma possível disputa com Gleisi, Richa afirmou que "não há o que temer". O governador afirmou ainda, que o PMDB é aliado no projeto de reeleição e que a possibilidade de candidatura própria é fraca.
Ele falou sobre os pré-candidatos a presidência e disse que vê com simpatia tanto Eduardo Campos (PSB) quanto Aécio Neves (PSDB), até porque, no estado, o PSB é apoiador de Richa. No entanto, ele afirmou que não tem dúvida que fará palanque para Aécio e adiantou que não há possibilidade de dividir o palanque. "Os dois tem qualidades, mas já está definido com o partido", diz.
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