Dois meses depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir abertura de inquérito contra 35 parlamentares suspeitos de envolvimento com fraudes na Petrobras, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) decidiu congelar até o fim de julho a corrida pela sucessão no Ministério Público Federal. Dirigentes da associação resolveram adiar a preparação da lista tríplice de candidatos ao cargo de procurador-geral para proteger Janot da escalada de ataques que ele e o próprio Ministério Público têm sido alvo desde que a Lava Jato chegou ao Supremo Tribunal Federal.
Procuradores entendem que a abertura da sucessão interna poderia fragilizar o procurador-geral num momento em que ele conduz investigações sobre lideranças do Congresso. Deputados ligados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos investigados, já apresentaram requerimento para quebrar sigilo telefônico e convocar Janot para depor na CPI da Petrobras. A ideia seria transformar Janot de chefe da investigação em investigado; e os investigados em investigadores.
Oficialmente, a ANPR diz que as eleições internas estão sendo adiadas porque o mandato de procurador-geral só termina em setembro.
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