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O governo do estado deverá conseguir colocar um aliado na principal entidade municipalista do Paraná. Apenas candidatos governistas deverão disputar a presidência da Associação dos Municípios do Paraná. As eleições deverão ser marcadas na assembléia que ocorrerá na próxima segunda-feira, em Curitiba.

O atual presidente da Associação e prefeito de Nova Olímpia, Luiz Lázaro Sorvos (PDT), que apoiou a candidatura de Osmar Dias (PDT) ao governo do estado, já disse que não irá concorrer à reeleição. Nenhum outro prefeito da oposição mostrou interesse em se candidatar. Ao que tudo indica, a eleição seguirá o exemplo do que ocorreu na eleição da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec). O prefeito de Curitiba, Beto Richa, não disputou a reeleição, e a associação metropolitana ficou com Antônio Wandscheer, de Fazenda Rio Grande – outro aliado de Roberto Requião (PMDB).

Candidatos

Os três aliados do governo que pretendem disputá-la já fazem campanha. São eles: o prefeito de Castro e atual presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais, Moacyr Fadel Júnior (PMDB); o prefeito de Carlópolis, Isaac Tavares da Silva (PMDB); e o prefeito de Sarandi, Cido Spada (PT). Eles disputam o apoio dos demais prefeitos e, principalmente, a preferência do primeiro escalão estadual.

O chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, disse que o seu candidato preferido e do próprio governador Requião é Fadel. Já o possível líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), demonstrou apoio a Isaac. Segundo Romanelli, o prefeito de Carlópolis também tem a preferência do vice-governador, Orlando Pessuti.

Petista

O candidato do PT, que tem a aprovação dentro do seu partido, também colocou seu nome à apreciação do governador. Se não agradar, Spada conta que retira sua candidatura. Já os dois peemedebistas não querem fazer acordo. "Vou manter a candidatura, ainda mais que o governador mostrou simpatia por ela. Tenho de ir até o fim", defende Fadel. "Vou disputar. Estou tranqüilo, trabalhando, contando com a vitória", rebate Isaac, que diz ter o apoio de cerca de cem prefeitos.

No último encontro do partido para tratar do assunto, segundo Romanelli, ficou acertado que se credenciaria o candidato que tivesse mais apoios dos prefeitos do estado.

Relação

Segundo o chefe da Casa Civil, o plano do governador é ter uma relação estreita com os prefeitos, o que será facilitado com um aliado na presidência da AMP. Cerca de 340 prefeitos apoiaram Requião na última eleição ao governo do estado.

Na gestão de Sorvos, de acordo com os candidatos, ocorreram divergências que travaram o desenvolvimento das prefeituras. "Poderíamos ter avançado em algumas questões se houvesse concordância (entre o presidente da Associação e o governo). Já tivemos momentos de a associação ter ficado na oposição ao governo", diz Spada.

Um dos principais assuntos em que há divergência entre a AMP e o governo é o transporte escolar. Segundo o atual presidente da AMP, a obrigação do transporte de estudantes de escolas estaduais do Ensino Médio é do governo do estado, que repassou R$ 33 milhões anualmente, enquanto os municípios tiveram um custo ao ano de R$100 milhões. "O transporte escolar é a guerra de todo ano. Atividade que é do governo do estado, o município não deve fazer e vice-versa", diz Sorvos. "Espero que o próximo presidente, se for do partido do governador, tenha mais sucesso nessa matéria."

O assunto, junto com o impacto financeiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a própria eleição da AMP, será discutido no próximo dia 12 em assembléia, em Curitiba, onde esperam-se cerca de 50 prefeitos.

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