O astronauta brasileiro Marcos Cesar Pontes vai plantar feijão durante a sua viagem ao espaço, que está marcada para o dia 30 de março e que deve custar cerca de US$ 10 milhões. A experiência será realizada simultaneamente por alunos da rede municipal de ensino de São José dos Campos, no Interior de São Paulo. O objetivo é comparar a germinação na Terra e no espaço.
O experimento, admitem técnicos, trará mais ganhos educacionais do que científicos. "É importante as crianças participarem e se envolverem em um acontecimento histórico. Isso pode desenvolver o interesse deles pela ciência", afirma Elisa Farinha, coordenadora de ciências da Secretaria Municipal da Educação de São José dos Campos.
Alunos de quatro escolas públicas terão participação na experiência. Além da germinação de feijão, também será testada (na Terra e no espaço) a cromatografia (separação de substâncias líquidas) da clorofila. Os tipos de experiências a serem realizados pelos alunos foram sugeridos pelos próprios técnicos da missão.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) divulgou ontem os oito experimentos que serão levados na primeira viagem de um astronauta brasileiro ao espaço. Pontes usará a nave russa Soyuz para chegar até a Estação Espacial Internacional (ISS). As experiências foram analisadas desde o dia 12 de fevereiro até ontem por uma equipe russa, na sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José. Pontes já está na Rússia participando dos últimos preparativos para a viagem do dia 30.
O experimento nanossonda para ambiente de microgravidade, da Universidade Federal de Pernambuco, que tinha como objetivo avaliar a influência dos efeitos da ausência de gravidade na fabricação de novos materiais, foi reprovado. "Nesse experimento havia necessidade de utilização de um forno de alta temperatura, que não estará disponível", disse Raimundo Nonato Mussi, coordenador da missão.
As demais experiências aprovadas para ir ao espaço são de responsabilidade de cinco instituições de pesquisa brasileira e compreendem diferentes áreas da ciência. "Especialistas em cada área foram chamados para avaliar a importância dos experimentos", diz Mussi.
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