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A falta de ônibus afetou o comércio e a prestação de serviços no centro de São Paulo nesta quinta-feira. Os comerciantes da Rua 25 de Março, que recebe 400 mil pessoas todos os dias, disseram que a queda no movimento chegou a 50%. A direção do Poupatempo Sé também constatou queda na quantidade de usuários. O principal motivo seria a falta de condução.

- As quedas foram de mais de 50% e hoje está semelhante a um dia de greve de ônibus. Não foi pelo terror, mas as pessoas que moram em outros estados sentem mais o impacto pelo que vêem nos jornais e ficam temerosas - disse o presidente da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco), Miguel Giorgi Jr.

O gerente do Empório Santa Terezinha, no Mercado Municipal, Lúcio Luiz da Silva, contou que o movimento caiu 40%.

- O pessoal viu tudo o que aconteceu na TV e hoje não veio. Quem é que vai se arriscar? - pergunta.

O Poupatempo Sé recebe em média 12 mil pessoas por dia em julho, um dos meses com maior movimento. A estimativa era de que o movimento estava 50% menor.

Nas bases comunitárias e nos batalhões, os policiais militares estão com a atenção redobrada. Prevenindo-se de possíveis ataques surpresas, quase todos os postos colocaram algum tipo de bloqueio nas proximidades e mantiveram homens armados com rifles calibre 12. Na 1ª Companhia do 11º Batalhão da Polícia Militar, na Rua da Abolição, região central, mais de 20 cones obrigaram o motorista a dirigir em zigue-zague, sob o olhar vigilante de um policial bem armado.

O Departamento de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil (Deic), na zona norte, interditou a rua de acesso ao prédio, no sentido centro-bairro, entre as Ruas Voluntários da Pátria e Santa Eulália. Durante a noite, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Luz, centro, mantém bloqueado o trajeto entre a Estação da Luz e a Rua Senador Queiróz, no sentido bairro-centro, obrigando o motorista a pegar um desvio pela Avenida Cásper Líbero. O acesso é liberado por volta das 7h.

A Central do Corpo de Bombeiros, na Praça Clóvis Bevilácqua, montou uma barricada com cordão de isolamento na frente do prédio, fechou os portões e colocou um carro para se proteger de eventuais ataques. No Fórum João Mendes, por onde passam 25 mil pessoas todos os dias, a segurança teve um pequeno reforço.

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