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Houve paralisação do atendimento ao público na Justiça Federal devido a um protesto dos servidores aconteceu em dez cidades no interior do Paraná nesta segunda-feira (27). Apesar da categoria manter o percentual mínimo de funcionários trabalhando, os manifestantes só atenderam emergências. "Em todas as subseções, os servidores estão analisando todos os casos que chegam e somente os urgentes estão sendo atendidos. Os demais estão sendo aconselhados a voltar em outro dia", afirmou Jonas Tomas Ruppert, coordenador regional em Paranaguá do Sindicato dos Servidores da Justiça Federal do Paraná (Sinjuspar).

A paralisação afetou as cidades de Paranaguá, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Jacarezinho, Foz do Iguaçu, União da Vitória, Pato Branco, Umuarama e Apucarana durante todo o expediente, das 11h às 19h. Em Londrina, as atividades ficaram suspensas das 13 às 15h.

Curitiba faz paralisação na terça-feira (28)

Os servidores da capital, que não participaram da greve na segunda-feira, farão nova paralisação na terça-feira (28). O prédio do órgão na Avenida Anita Garibaldi, 888, no bairro Ahú, ficará fechado das 15h às 17h.

A reportagem entrou em contato com os representantes do movimento no interior do estado mas, até às 20h30, não conseguiu contato. Às 19h, estavam programadas assembleias em todas as subseções para definir as próximas ações. "O indicativo é que as atividades sejam retomadas amanhã (terça) e uma nova paralisação ocorra no dia 30. Mas ainda aguardamos a discussão em assembleia", afirmou Ruppert durante a tarde. Os servidores devem informar nesta terça-feira os resultados das assembleias realizadas na noite desta segunda.

A justificativa para o ato de páralisação do atendimento, segundo os grevistas, é a proximidade com o prazo para que o governo federal encaminhe ao Legislativo o projeto de lei do orçamento, no dia 31 de agosto. "Caso nosso reajuste seja contemplado na proposta, retomaremos as atividades. Se não, podemos dar início a uma greve por tempo indeterminado", afirmou o coordenador.

Embora o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) afirme não fazer negociações salariais com membros da Justiça Federal, os manifestantes acusam o governo federal de ter vetado a previsão de reajuste no ano passado. A situação é semelhante à dos servidores do Ministério Público (MP), em greve no desde o dia 15 de agosto no Paraná.

Manifestação conjunta

Nesta segunda-feira, cerca de 30 servidores do MP e da JF fizeram uma manifestação conjunta em Paranaguá. Em frente ao prédio da Justiça Federal da cidade, eles debateram a conjuntura das categorias e aguardam a assembléia que definirá os próximos passos.

Um protesto conjunto também foi realizado na tarde desta segunda em Cascavel. Servidores da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Rodoviária Federal reuniram-se para chamar a atenção do governo. Cerca de 100 funcionários dos três órgãos federais uniram forças e se concentraram no Centro da cidade. A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público Federal, que já estão paralisados, participaram do ato em apoio aos colegas da Justiça Federal, que estão com indicativo de greve.

Reivindicações

Ruppert diz que a decisão de entrar em "estado de greve" foi tomada pela falta de reajustes salariais desde 2006. "Temos uma tentativa de negociação há três anos, mas até agora não fomos ouvidos pelo governo", diz Ruppert.

A situação é a mesma enfrentada pelos servidores do MP. Segundo os manifestantes, embora a verba para reposição salarial seja incluída na previsão orçamentária, o poder executivo corta este item do texto final do Projeto de Lei do Orçamento.

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