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Cerca de 200 estudantes e ativistas participaram nesta terça-feira, 7, no Centro do Rio de um protesto contra a redução da maioridade penal e a atuação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para aprovar essa e outras mudanças. Atos semelhantes foram promovidos também em São Paulo, Porto Alegre e Brasília.

Os manifestantes se reuniram ao redor da igreja da Candelária e seguiram em caminhada pela Avenida Rio Branco até o prédio onde funciona o escritório político de Cunha, na Avenida Nilo Peçanha. Durante a caminhada, o coro mais frequente foi “Se o povo se unir, o Cunha vai cair”.

Para garantir a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171, que reduz a idade penal de 18 para 16 anos, Cunha (que comanda as votações da Câmara, por ser presidente da Casa) votou a matéria duas vezes. Ele submeteu a proposição novamente em votação, com pequenas mudanças, um dia após a sua rejeição. A ação foi criticada por juristas e por deputados contrários ao projeto. O presidente, contudo, afirma ter seguido o Regimento.

Antes da caminhada até o escritório do deputado, vários líderes estudantis discursaram na frente da Candelária. “Esse Estado elegeu e agora vai derrubar esse crápula”, afirmou ao microfone a estudante secundarista Amanda Santana, repetindo críticas feitas por outros oradores. Em outubro de 2014 Cunha elegeu-se deputado federal pelo Estado do Rio pelo quarto mandado consecutivo, com 232.708 votos.

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