Logo depois de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciar no Salão Verde que aceitava o pedido de impeachment dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior e voltar para seu gabinete, os deputados petistas Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (RJ) fizeram questão de usar o mesmo púlpito para classificar a atitude de “revanchismo” e “golpe” e anunciar que o partido reagirá no Congresso e também via Supremo contra o que consideram “abuso de poder”. Segundo Pimenta, a atitude coloca às claras para a população a “chantagem” que esta sendo feita por ele não só em relação ao impeachment, mas também em votações na Casa.

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Cunha aceita pedido e impeachment de Dilma será analisado no Congresso

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“Tenho absoluta convicção que é uma atitude de revanchismo diante da decisão do PT de votar pela admissibilidade do processo contra ele no Conselho de Ética. Esse é o ponto culminante de um processo que não é só de chantagem com o governo, mas com o país. Vinham sendo feitas exigências absurdas em relação ao PLN 5 ( que muda a meta fiscal de 2015), disse Pimenta.

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“Não aceitaremos, é golpe. E Cunha não tem legitimidade para um ato desse que encaramos como afronta à Constituição Federal. O presidente usa a estrutura da Câmara e da pauta legislativa como instrumento de pressão em benefício próprio”, acrescentou o deputado.

O deputado Rubens Júnior (PCdo B-MA) também criticou Cunha: “Ele está retaliando o PT pela provável admissibilidade de seu processo no Conselho de Ética. Uma coisa não deveria se confundir com a outra. E não há processo de impeachment sem rito definido.

O vice-líder do PSDB, deputado Vanderlei Macris (SP) afirmou que a oposição discutirá a legitimidade dos juristas que apresentaram o pedido de impeachment e não a de Cunha: “Vamos discutir a legitimidade de quem apresentou o pedido, juristas de renome e sérios e não do presidente da Casa que está sob suspeita de ter cometido vários crimes”.