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Ato em São Paulo neste sábado | EFE/Aaron Cadena Ovalle
Ato em São Paulo neste sábado| Foto: EFE/Aaron Cadena Ovalle

Em Curitiba, manifestantes se reúnem na Praça Santos Andrade

Como em São Paulo e Brasília, Curitiba também foi palco de uma manifestação contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Autodenominados a nova geração dos "Caras Pintadas", os manifestantes se concentraram em frente à praça Santos Andrade, no Centro da capital, por volta das 14 horas deste sábado (1º).

Muitos deles estavam equipados com bandeiras do Brasil, faixas e cartazes com dizeres de protesto ao resultado da eleição presidencial. A camisa verde e amarela também marcou presença. "O Brasil está em luto. Vamos agir galera!", foi uma das designações usadas para apresentar o evento no Facebook. Na rede social, 888 pessoas chegaram a confirmar presença.

A Guarda Municipal de Curitiba confirmou a realização do ato, porém, disse não saber informar quantas pessoas participaram porque não acompanhou a manifestação. A rádio CBN informou que o ato reuniu cerca de 500 participantes.

Vice-presidente do PSDB diz que partido não incentiva atos contra Dilma

O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse neste sábado (1º) que nem a sigla nem a direção da campanha do senador Aécio Neves (MG) incentivam, organizam ou dão suporte às manifestações contra a presidente Dilma Rousseff (PT) em ao menos três capitais. Leia matéria completa.

"Boa tarde, reaças", cumprimentou ao microfone cerca de mil pessoas em São Paulo - segundo estimativa da Polícia Militar - o empresário e jornalista Paulo Martins, que foi candidato a deputado federal pelo PSC neste ano no Paraná. "É inegável que o PT constrói uma ditadura no país", acrescentou, sob fortes aplausos.

O discurso, realizado em cima de um carro de som, foi feito em manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), convocado pelas redes sociais para este sábado (1º) e promovido na avenida Paulista.

Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o cantor Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou que o movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país. "Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone.

A caminhada é marcada também por provocações entre simpatizantes da esquerda e da direita. Na avenida Paulista, alguns moradores de prédios da região estenderam nas janelas camisetas vermelhas e bandeira da campanha à reeleição da presidente.

"Vai para Cuba", gritaram os manifestantes em resposta. Eles fecharam uma das faixas da avenida.

No evento, além de pedirem a saída da petista, os manifestantes defenderam um novo golpe militar no país.

"É necessário a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", criticou o investigador de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz com o pedido "SOS Forças Armadas".

O número de manifestantes no evento é bem menor do que o total de confirmações nas redes sociais, que chegaram a 100 mil. A caminhada teve início em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo).

Com cartazes e faixas, os indignados acusaram o resultado das eleições deste ano de ser a "maior fraude da história" e o PT de ser "o câncer do Brasil". "Pé na bunda dela [presidente], o Brasil não é a Venezuela", gritaram.

"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Dias Toffoli, é um estagiário do PT", acusou Paulo Martins.Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito pelo Brasil".

Em discurso, o parlamentar disse que se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" a presidente. Segundo ele, Jair Bolsonaro será candidato em 2018 "mesmo que tenha de mudar de partido"."Eu voto no Marcola, mas não voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra", disse, em referência a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos chefes da facção criminosa PCC.A manifestação é acompanhada pela Polícia Militar e pela chamada "Tropa do Braço", escalada para eventos de rua.

Por volta das 16h, os manifestantes deixaram a avenida Paulista e tomaram a avenida Brigadeiro Luís Antônio, caminhando em direção ao parque Ibirapuera.Entre as bandeiras carregadas no protesto, estão a do Brasil, a do Estado de São Paulo e da campanha do candidato derrotado do PSDB à Presidência, Aécio Neves.

Contra Alckmin

Também neste sábado, no largo da Batata, zona oeste da cidade, manifestantes se organizaram para protestar contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), em uma manifestação contra a crise hídrica no Estado.

O grupo afirma que a seca que se vive no Estado é de responsabilidade do governador. "O verdadeiro culpado por essa crise não é São Pedro e sim o governador Geraldo Alckmin. Agora os tucanos não têm como escapar", afirmam os manifestantes.

Ato em Brasília

Manifestantes realizaram na tarde deste sábado, 1º, um protesto contra a presidente Dilma Rousseff na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Segundo informações do 6º batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, que faz a segurança da área, houve concentração de pessoas no gramado em frente ao Congresso Nacional no início da tarde.

Pouco depois os manifestantes caminharam pelo Eixo Monumental e ocuparam três faixas da via que dá acesso ao Congresso. A PM informou que participaram do protesto, no momento em que o grupo se deslocou pela Esplanada, aproximadamente 500 pessoas.

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