Manifestantes ligados a centrais sindicais, partidos políticos e a movimentos sociais se reuniram no fim da tarde desta quinta-feira (20) no Largo da Batata, em Pinheiros, Zona Oeste em São Paulo, para protestar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ajuste fiscal promovido pelo governo federal. Participaram do protesto o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a CUT e outras centrais sindicais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros movimentos sociais.
“Fora, Cunha” marca ato a favor do governo Dilma em Curitiba
Centenas de pessoas se concentraram na Praça Santos Andrade e saíram em caminhada pela região central da capital paranaense
Leia a matéria completaOs manifestantes carregavam cartazes com a foto da presidente Dilma Rousseff com os dizeres “Dilma, Mãos de Tesoura”. Também são alvos dos protestos o vice-presidente, Michel Temer (que aparece como “Poderoso Chefão”); o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (”O Lobo de Wall Street”); além de Cunha (”O Exterminador do Futuro”).
Havia também cartazes dizendo “Abaixo o Golpe, Impeachment Não”, carregados por manifestantes ligados ao PCO.
No Rio de Janeiro, integrantes do Sindicato dos Petroleiros chegaram à Candelária, no centro do Rio, com uma faixa em se lê: “Sérgio Moro: juiz da Globo e do PSDB!”. Várias pessoas passaram pela faixa e param para tirar fotos. Questionadas se concordam ou não com a frase, três pessoas abordadas pela reportagem não quiseram responder.
Por volta das 17h30 os manifestantes seguiriam em caminhada pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Entre os manifestantes estavam militantes do PT no Rio e em diversas cidades fluminenses, sindicalistas (a maioria ligados à CUT e a federações de petroleiros), integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e estudantes. O ato é uma resposta aos protestos promovidos no último domingo, 16, que pediram a saída da presidente Dilma.
Vários cartazes criticaram o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acusado de fazer política “para os ricos”. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também foram alvos de críticas.
A caminhada do ato a favor da presidente Dilma em São Luís (MA) reuniu duas mil pessoas, de acordo a presidente da CUT, Adriana Oliveira, na tarde desta quinta-feira, 20. O clima era de tranquilidade, com a presença de vereadores e deputados do PT, membros do PCdoB e PDT. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “não vai ter golpe”.
Em Fortaleza, apenas o MST, que é um dos organizadores do ato no Ceará, levou cerca de 500 pessoas para se juntar à manifestação pró-Dilma em Fortaleza. Em Natal, a caminhada faria o percurso até o shopping Midwayl Mall. A primeira estimativa da Polícia Militar é que 200 pessoas participariam.
Em Belo Horizonte, manifestantes foram à Praça Afonso Arinos, Região Central da cidade, para o “Ato em Defesa da Democracia, dos Direitos, Contra o Ajuste Fiscal e Contra a Direita”. A expectativa dos sindicatos e associações que organizaram o protesto era que 15 mil pessoas participassem da manifestação. No último protesto que realizaram na cidade, em março, 2,1 mil pessoas estiveram na praça. Dois caminhões de som estão no local. “Não vai ter golpe”, gritam os manifestantes.
Em Fortaleza, jovens ligados à UNE gritavam palavras de ordem como: “Coxinha golpista! O voto é uma conquista!” e “Levy mão de tesoura”. Luciano Simplicio, presidente da CTB-CE, disse que “a classe trabalhadora não vai aceitar golpe”. Ele pediu a saída de Eduardo Cunha. “Esse é o que tira direito da classe trabalhadora”, afirmou, em referência ao presidente da Câmara. Os manifestantes também portavam cartazes contra o PSDB.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião