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Nem precisou empenho do PDT para lotar o plenarinho da Assembléia Legislativa. A candidatura de Osmar Dias foi anunciada duas horas depois da reunião com a bancada do PP, tempo suficiente para que lideranças de vários partidos se aglomerassem no espaço. O clima era de comício, com direito a aplausos, torcida e discursos inflamados.

Claque – O presidente do PP do Paraná, Dilceu Sperafico, garantiu que vai conclamar o partido para trabalhar como "soldados" na campanha de Osmar Dias porque o Paraná quer uma alternativa de governo. O prefeito de Maringá, Sílvio Barros (PP), disse que estava representando prefeitos de todo o estado, que esperavam "ansiosamente" o momento de comemorar a candidatura do senador. Entre os entusiastas, estavam ainda o casal Ricardo Barros e Cida Borghetti.

Tendência – O PSB do Paraná ainda não fechou aliança com o PDT, mas falta pouco. O deputado estadual Reni Pereira (PSB) diz que o partido é o único que ficou 100% na oposição nos últimos três anos e é um "caminho natural" apoiar Osmar Dias. "Até a convenção vamos aparar as arestas e tentar viabilizar a candidatura de um deputado federal do PSB", diz o deputado, que representa a região de Foz do Iguaçu e declarou apoio dos prefeitos e vereadores de sua base ao senador. A questão da chapa proporcional é o único detalhe que precisa ser resolvido.Metralhadora – Até o PT comemorou a candidatura de Osmar Dias. O presidente do partido no Paraná, André Vargas, avalia que mais um nome fortalece a democracia e enriquece o debate na campanha sobre os problemas do estado. O petista duvida, no entanto, do apoio do PSDB ao PDT. "O partido está nas mãos do Hermas", disse. Vargas também provocou os tucanos. "É inadmissível que o PSDB não lance candidato próprio a governador."

Valendo – "O treino acabou, agora começa o jogo". A frase é do líder da bancada do PDT, deputado Luiz Carlos Martins, sobre a definição da candidatura de Osmar Dias. O anúncio, segundo ele, representa um alívio para o partido, que sai fortalecido com a eleição de uma bancada forte de deputados estaduais e federais, e vai poder apresentar uma proposta de governo séria ao Paraná.

Firmes – Apesar do convite do senador Osmar Dias para o PFL apoiar o PDT, mesmo informalmente, os pefelistas parecem determinados a continuar no palanque de Rubens Bueno (PPS). "Temos que trabalhar agora para construir uma frente de oposição para o segundo turno, mas agora, nosso compromisso é com o Rubens", disse o vice-presidente estadual do PFL, Durval Amaral.

Sem palanque – O presidente estadual do PMDB, deputado estadual Dobrandino da Silva, reafirmou ontem que o governador Roberto Requião não subirá no palanque do candidato a presidente, Geraldo Alckmin. "Mas a bancada de deputados sobe. O Requião estará neutro."

Prejuízo – O senador Alvaro Dias (PSDB) disse que a demora de Osmar para oficializar a candidatura o prejudicou apenas nas coligações. "Mas não houve prejuízo eleitoral. Só perdeu a chance de ter mais partidos, como o PFL, com ele".

Palanque – Alvaro Dias garantiu que o candidato tucano a presidente da República, Geraldo Alckmin, terá bons palanques no estado. "Terá o meu, o dele próprio, já que candidato a presidente por si só galvaniza forças, e tem ainda o do Rubens Bueno (PPS)."

Resposta – O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), não gostou ontem das vaias dos representantes dos professores que lotaram as galerias para acompanhar a votação dos dois projetos de equiparação salarial e do plano de cargos e salários da categoria. Quando Hermas anunciou que as mensagens só entrariam em pauta hoje, foi vaiado. Na hora ameaçou então não colocar em votação nem na sessão de hoje e suspendeu os trabalhos. Só reabriu a sessão meia-hora depois.

Fundo – A segunda votação do projeto que libera R$ 30 milhões do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) para o governo estadual foi adiada. O deputado Élio Rusch (PFL) elaborou emenda e a proposta voltou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para análise.

Pinga-fogo

* A Câmara Municipal de Curitiba começou a votação das emendas à LDO pelos faltosos, como forma de punir aqueles que apresentaram propostas e sequer compareceram à votação

* A sessão da tarde começou com apenas 20 vereadores e permeneceu com essa média até o fim do dia

* Na opinião do vereador André Passos (PT), aqueles que não estão conseguindo acompanhar as discussões da Câmara, em função da campanha para as eleições de outubro, devem se licenciar do cargo

* Antes mesmo da votação da LDO, o vereador Fábio Camargo (PFL) resolveu se licenciar para dedicação integral à campanha a deputado estadual

* Camargo sai hoje e abre espaço a Elias Vidal

* O vereador Paulo Salamuni (PV), pré-candidato ao Senado, está com o adesivo de campanha pronto, esperando a liberação do TRE para a campanha

* Como slogan, escolheu: "Para despoluir Brasília e sanear a política do Paraná".