Após dois dias de caos nos aeroportos, o movimento nos principais terminais do país é mais tranqüilo na manhã desta quinta-feira. Porém, os atrasos nos vôos continuam. Os transtornos dos últimos dias foram provocados pelas panes no sistema de comunicação que causaram o fechamento dos aeroportos do Sudeste e do Centro-Oeste por três horas na terça-feira.

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A promessa de que a situação estaria normalizada nos aeroportos não se cumpriu e a crise operacional ampliou a crise política no setor , deixando praticamente insustentável a permanência do ministro da Defesa, Waldir Pires, no governo. Há 60 dias, o governo federal tenta resolver os problemas da aviação civil, e a insatisfação entre os militares da Aeronáutica e o Ministério da Defesa, comandado por um civil, é crescente.

No Aeroporto Internacional de Brasília, onde passageiros organizaram um apitaço na véspera, o tempo de espera médio nesta manhã é de meia hora. Por volta das 8h30m, cerca de 150 pessoas aguardavam na fila de uma companhia aérea. Na véspera, 600 esperavam para fazer o check-in. Até as 10h, dois vôos tinham sido cancelados.

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Movimento no Aeroporto de Congonhas na quarta-feira. Gilberto Marques - Diário de S.Paulo

Em São Paulo, nove vôos - oito na chegada e um na partida - registraram atrasos até as 8h30m no Aeroporto de Congonhas. Os atrasos variam de 40 minutos a um hora e quarenta. No início da manhã, uma aeronave atrasou quatro horas.

No Rio, dois vôos atrasaram e outros dois foram cancelados, no início da manhã, no Aeroporto Internacional Tom Jobim.

Sem garantias

A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, afirmou no final da tarde desta quarta-feira que não pode garantir que o sistema aéreo voltará à normalidade nos próximos dias.

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- Eu não sei. Pergunte ao Decea (Departamento de Controle de Espaço Aéreo) - disse Denise.

Sem pressa

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, informou, por sua vez, que o governo não vai adotar medidas com pressa para resolver o problema e críticou as companhias aéreas que, segundo ele, não estão preparadas para atender os passageiros em momentos de crise.

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