Entidade sem fins lucrativos criada em 2014 com o objetivo de combater a corrupção e promover o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) teria recebido apoio logístico e financeiro de partidos políticos, como PMDB, PSDB, DEM e Solidariedade, para realização de atos e manifestações contra o governo do Partido dos Trabalhadores (PT).
Reportagem do portal Universo Online (UOL), do Grupo Folha, revela áudios em que coordenadores do movimento conversam entre si sobre negociações com dirigentes de partidos ou de suas alas jovens para ajudar na divulgação dos protestos de 13 de março com impressão de panfletos e uso de suas “máquinas”.
A reportagem chama atenção para o fato de que o MBL, quando de sua fundação, se dizia apartidário e sem laços financeiros com as agremiações políticas. Um dos coordenadores do movimento, Renan Santos, aparece comentando com um outro companheiro contatos com os partidos para a divulgação das manifestações de 13 de março. Santos comprovou a autenticidade dos áudios, mas disse que a reportagem não prova nada, além de dizer que o grupo é suprapartidário e não apartidário:
— O áudio não revela nada. Ninguém doou nada para o MBL. Onde está a doação? Na época, convidamos publicamente todos os partidos de oposição a participar. isso está registrado em entrevistas. E eu acho que participaram pouco, deveriam ter participado ainda mais. Além disso, somos suprapartidários, estamos acima dos partidos. Negar partidarismo é se equiparar a Hitler, Mussolini.
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