O auditor fiscal e ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima, foragido da Justiça desde o dia 20 de março, recebeu normalmente o salário do mês, pago no começo de abril, apesar de não comparecer ao trabalho por pelo menos 11 dias. Segundo reportagem veiculada nesta quinta-feira (9) pelo Paraná TV, telejornal da RPC, o portal da transparência do governo do estado mostra que ele recebeu R$ 27 mil em março.
Correção
O nome de Marcio Albuquerque de Lima consta no Portal de Transparência do Governo Estadual do Paraná, diferentemente do que foi publicado. O equívoco ocorreu porque o nome do servidor foi digitado na página do governo com acento (Márcio, e não Marcio, como de fato é o nome dele) e, dadas as limitações técnicas do sistema, o banco de dados não reconheceu a consulta.
No final da tarde desta quinta, quando a reportagem lançou o nome de Lima no sistema, apareceu a mensagem “nenhum servidor foi encontrado”. A reportagem do Paraná TV mostra a tela de computador com a informação obtida no site da transparência.
Lima teve a prisão preventiva decretada a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por suspeita de que seria o chefe do grupo de auditores fiscais investigados por supostamente cobrar propina para facilitar a sonegação de impostos.
Nesta quinta-feira (9), o desembargador Laertes Ferreira Gomes negou pedido de habeas corpus feito pela defesa de Lima. O auditor, que é companheiro do governador Beto Richa (PSDB) em provas de automobilismo, continua foragido, situação em que se encontra há 20 dias. Lima ocupou o cargo de inspetor geral de fiscalização entre junho do ano passado e 2 de março deste ano. Ele deixou a função três dias antes de o Gaeco cumprir um mandado de busca e apreensão no seu escritório, em 5 de março, em Curitiba. A exoneração foi publicada no Diário Oficial no dia seguinte ao cumprimento do mandado.
Outro lado
A reportagem procurou a assessoria da Secretaria da Fazenda, mas não conseguiu contato. Em nota enviada ao Paraná TV, a Secretaria afirma que Lima recebeu o salário normalmente porque estava de férias entre 2 e 30 de março – ele entrou de férias 18 dias antes de ter a prisão preventiva decretada. A Secretaria informou ainda que a contagem para a abertura de um processo administrativo contra Lima por abandono de emprego só começou em abril, depois do fim das férias do auditor.
O advogado de Lima, Douglas Bonaldi Maranhão, não foi localizado pela reportagem para falar sobre o caso. Ao Paraná TV ele disse que não comentaria o assunto.
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