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Luiz Antônio de Souza citou novos nomes que estariam envolvidos. | Roberto Custodio/Jornal de Londrina/ Arquivo
Luiz Antônio de Souza citou novos nomes que estariam envolvidos.| Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina/ Arquivo

Os auditores fiscais do Paraná faziam doações ao Provopar e a campanhas eleitorais para “fazer média” e ter influência política. Essas foram algumas das explicações prestadas nesta segunda-feira (22) pelo delator Luiz Antônio de Souza, que ficou cinco horas e meia no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para novos depoimentos.

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Na semana passada, o Jornal de Londrina mostrou que foram apreendidas na casa do ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima tiras de papel com números de contas bancárias que seriam do Provopar e da campanha de Beto Richa (PSDB) à reeleição ao governo.

De acordo com o advogado Eduardo Duarte Ferreira, que defende Souza, seu cliente também citou novos nomes que estariam supostamente envolvidos com irregularidades investigadas pelo Gaeco na Operação Publicano. Seriam nomes “da alta cúpula da Receita e da Fazenda”, segundo Ferreira, embora ele não tenha citado nenhum deles.

Provopar

Com relação ao Provopar, Souza afirmou que cada auditor fiscal foi orientado pelo Sindafep, o sindicato que representa a categoria, a fazer uma doação de R$ 1 mil para o órgão. Conforme o advogado, seria a forma de “fazer uma média” com o governo do estado. Duarte Ferreira disse que seu cliente negou que a primeira-dama, Fernanda Richa, tenha pressionado pelas doações e que elas não têm relação com as promoções reivindicadas pela categoria.

A promotora Leila Schimiti disse que as declarações de Souza serão encaminhadas à promotoria de Curitiba que investiga o caso das promoções de auditores. Ela explicou que a remessa será feita por causa “do outro inquérito e em razão do local” – as situações narradas teriam acontecido em Curitiba.

Por meio de sua assessoria, o Sindafep afirmou que “desenvolve várias ações sociais, inclusive com entidades privadas”. “É uma prática do sindicato desenvolver essas atividades”, informou a entidade, reforçando que “não há nada de extraordinário e nem outra conotação” nas doações.

Campanha

Sobre as doações para campanhas, Souza afirmou que os auditores fiscais doavam em torno de R$ 100 por mês para uma associação e que na época eleitoral essa entidade devolvia o dinheiro para que eles doassem para qualquer candidato. O objetivo seria se aproximar dos políticos, para que os investigados mantivessem cargos que facilitariam a manutenção do suposto esquema de corrupção. Além de Richa, candidatos a deputado estadual e federal receberam doações.

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