Prédio da Receita Estadual em Curitiba: ramificação da Publicano chegou à capital.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A 3ª Vara Criminal de Curitiba determinou o afastamento da função dos dois auditores ficais envolvidos em um esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná. A decisão veio após o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apresentar a denúncia à justiça e ela ser aceita. Os auditores fiscais Jorge de Oliveira Santos e Valdes Ricanelli atuavam em Curitiba e Umuarama, respectivamente, e são acusados de praticar crimes de extorsão tributária, corrupção passiva e favorecimento real (auxílio para proveito no crime).

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Santos e Valdes já tinham sido presos em maio na Operação Mercúrio, um desdobramento da Operação Publicano. A mesma operação que prendeu os auditores também denunciou à justiça dois contadores, Rogério Spinardi e Aroldo Adam Junior; Verônica C alado, nora de Santos, e o filho dele, Flavio Augusto de Oliveira Santos.

A justiça também determinou o sequestro de bens dos auditores. Além disso a quebra de sigilo de três empresas de um mesmo empresário que não foram fiscalizadas adequadamente pelo auditor que atuava em Curitiba. Na ocasião, Santos chegou a receber uma ordem da chefia para fiscalizar a empresa, mas o auditor recebeu propina para não executar a ação.

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Em Umuarama o auditor chegou a exigir propina de R$ 1 milhão para não autuar um empresário em R$ 8 milhões, segundo o Gaeco. Para ajudar nessa negociação, o contador Rogério Spinardi, acionou Santos para baixar o valor da propina para R$ 450 mil. No fim, esse valor foi pago pelo empresário. A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com os advogados dos auditores, mas até agora não obteve retorno.

A advogada de defesa do auditor Jorge de Oliveira Santos, Louise Mattar Assad, afirma que ainda não teve acesso a todo o conteúdo midiático do processo. A advogada só vai se pronunciar sobre o caso após a análise dessas mídias.