Atualizado em 22/05/2006 às 19h
Em 2000, o Brasil tinha 86,3 milhões de mulheres, que representavam boa parte da força de trabalho no país, acumulavam tarefas e passaram a chefiar um maior número de domicílios, passando de 18,1% para 24,9%, um aumento de quase 37%. Com a maior participação feminina no mercado de trabalho e o aumento do número de famílias chefiadas por elas, sua contribuição média no rendimento familiar cresceu cerca de 56%, passando de 24,1% para 37,7%.
Estas informações fazem parte da pesquisa Sistema Nacional de Informações de Gênero (SNIG), divulgada nesta segunda-feira pelo IBGE, em parceria com a Secretaria Especial de Política para as Mulheres, órgão ligado diretamente à Presidência da República.
Os indicadores sobre os diversos aspectos associados ao desenvolvimento humano e social das mulheres no âmbito da família, do trabalho e da educação, entre outros temas, foram elaborados a partir dos dados da amostra dos Censos Demográficos de 1991 e 2000. Na comparação com os homens, as mulheres chefiavam domicílios com melhores condições de saneamento básico ; eram mais escolarizadas; viviam mais e representavam a maior parcela entre a população idosa no país. Além disso, a desigualdade nas taxas de analfabetismo diminuiu entre homens e mulheres .
Os dados mostram, ainda, que as mulheres tinham, em média, rendimento 30% menor do que os homens e, na grande maioria das vezes, trabalhavam em atividades precárias, de baixa qualificação e mal remuneradas. Ainda em relação à ocupação, apresentaram um quadro desfavorável em termos de trabalho infantil: o aumento, entre 1991 e 2000, do número de meninas e adolescentes trabalhando nas áreas rurais atingiu quatro regiões brasileiras, sendo que no Norte e Nordeste os percentuais praticamente dobraram.
Além de diferenças entre homens e mulheres, é possível verificar disparidades em relação à cor: o número de mulheres pretas ou pardas vem caindo quando comparado às brancas. Já o número de domicílios chefiados por brancas cresceu 1,5 ponto percentual , enquanto pretas ou pardas reduziram sua participação em quase dois pontos percentuais.
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