Uma semana depois de se estranharem a respeito do volume de recursos destinados pela União ao Paraná, governistas e oposicionistas voltaram a se enfrentar ontem na Assembleia Legislativa. O assunto da vez foi a quantidade e os gastos com cargos em comissão de livre nomeação, que não fizeram concurso para entrar na administração pública no governo do estado. Segundo a oposição, de 2009 para 2012, as despesas com comissionados aumentaram 183%. Em resposta, a bancada do governo afirmou que a União criou 84 mil vagas comissionadas sob a gestão petista.
Presidente do PT do Paraná, o deputado Enio Verri apresentou um levantamento em que aponta a evolução de comissionados na administração direta do Executivo estadual vagas ligadas ao gabinete do governador e às secretarias, sem considerar autarquias, fundações e empresas públicas. Segundo o petista, em 2009, na gestão de Roberto Requião, os cargos em comissão custaram R$ 76,7 milhões aos cofres públicos. Já no ano passado, sob a administração de Beto Richa (PSDB), os gastos teriam saltado para R$ 216,9 milhões. Um crescimento de 183%. Na mesma comparação em relação ao pagamento de servidores efetivos, porém, o aumento teria sido de apenas 45%.
Somente entre 1.º de janeiro e 19 de março, afirma Verri, o governo do estado contratou 729 comissionados, que custarão quase R$ 46 milhões neste ano. "Ao mesmo tempo em que explodiu o gasto com comissionados, o Paraná permaneceu em estado de absoluta inércia", criticou.
No contra-ataque, o líder do governo na Casa, Ademar Traiano (PSDB), afirmou que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff criaram juntos 84 mil vagas em comissão. Somente na Presidência da República, disse o tucano, os comissionados saltaram de 1,1 mil na gestão FHC para mais de 4 mil atualmente. "O governo Beto Richa teve necessidade de contratação de pessoal porque está entregando obras em todo o estado e precisa de funcionários para acompanhar essa modernização administrativa."
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