Aumento e revolta

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O governo do estado já sabe que vai enfrentar muita resistência na Assembleia Legislativa caso realmente envie projeto reajustando os salários apenas dos oficiais da Polícia Militar. O restante da corporação ficaria de fora. O presidente da Comissão de Segurança Pública, Mauro Moraes (PMDB), disse que há risco de "turbulência nos quartéis" se o aumento for concedido apenas para o alto escalão. Ele diz que já está com emenda pronta para estender o aumento a todos os policiais. Segundo o deputado, o governo não definiu o porcentual de reajuste para capitão, major, tenente e coronel, mas já teria informado que o aumento causará impacto de 2,7% na folha de pagamento da Secretaria de Segurança Pública. Na opinião de Moraes, o governo tem dinheiro para beneficiar todo o efetivo policial. "A Secretaria tem R$ 160 milhões a mais no orçamento deste ano que pode ser investido em melhores salários. E ainda sobra para melhorar a estrutura física e técnica das polícias Civil e Militar", disse.

Investigado 1

O juiz federal Fausto Martin De Sanctis, que em julho mandou prender duas vezes o banqueiro Daniel Dantas na Operação Satiagraha, é alvo de uma investigação disciplinar que corre sob segredo na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. A investigação foi aberta para apurar se De Sanctis desobedeceu a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em setembro, suspendeu todos atos processuais da ação penal sobre evasão de divisas na parceria MSI-Corinthians.

Investigado 2

Naquela ocasião, o STF acolheu habeas corpus apresentado pelo advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o empresário russo Boris Berezovsky. Quando o processo foi interrompido, De Sanctis já havia expedido cartas a países da Europa para tomada de depoimentos. O juiz não teria informado sobre a interrupção do processo.

Folia presidencial

O presidente Lula passará o domingo de carnaval no Rio de Janeiro. Ele segue no fim da tarde para a capital carioca e às 21 horas vai para o sambódromo acompanhar o desfile das escolas de samba. Amanhã, o presidente volta para Brasília, onde passará o resto do feriadão.

Vago

O governo estadual ainda não decidiu quem vai assumir o cargo de diretor administrativo-financeiro da Ferroeste. Ademir Bier (PMDB), que ocupava o posto, assumiu na semana passada a vaga deixada pelo deputado Geraldo Cartário (PDT), licenciado da Assembleia Legislativa. Com a entrada do ex-prefeito de Marechal Cândido Rondon, a bancada do PMDB passa a contar com 17 dos 54 deputados.

Seguro obrigatório

O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e o secretário de Saúde do Paraná, Gilberto Martins, querem garantir a continuidade do repasse de R$ 260 milhões de seguro obrigatório (DPVAT) aos hospitais públicos e filantrópicos do Paraná. Uma medida provisória editada pelo governo federal em dezembro determina que os hospitais conveniados à rede pública atendam aos acidentados apenas pelo SUS. Com isso, eles perderam o direito de receber o ressarcimento do seguro.

Desaprovada

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo manteve a decisão de primeiro grau que desaprovou as contas do Comitê Financeiro Municipal do PT, referentes à campanha eleitoral da ex-ministra Marta Suplicy em 2004 para a prefeitura municipal. Como punição, o TRE suspendeu a transferência de novas cotas do fundo partidário ao diretório municipal do partido.

Sumido

Os petistas estão estranhando a ausência do senador Osmar Dias, que também é presidente estadual do PDT, no palanque do candidato a prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT). Osmar não tem aparecido em reuniões para traçar estratégias ou em confrontos com o adversário de Barbosa, o tucano Luiz Carlos Hauly. "Isso significa que o Osmar quer a benção do PSDB, não quer confronto", disse um petista do alto escalão.

Elite

O grupo pró-Barbosa Neto reúne figuras muito importantes de outros partidos, como o ministro Paulo Bernardo, que comanda o PT no Paraná, o presidente estadual do PP, o deputado Ricardo Barros, além dos deputados federais Ratinho Júnior (PSC) e Marcelo Almeida (PMDB).

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Pinga-fogo

"O Paraná já viu acordos brancos em 94 e 98 para cada um salvar seus mandatos. Nós temos é que ter cautela e nos preparar para disputar a eleição lançando o Paulo Bernardo, que é o melhor nome do PT." Do ex-presidente estadual do PT, André Vargas, sobre a necessidade de o partido lançar candidato próprio.