O Dia D do impeachment na Câmara dos Deputados é neste domingo (17), quando os parlamentares declaram seus votos contra ou a favor da abertura do processo de cassação da presidente Dilma Rousseff (PT). A oposição precisa de 342 votos, dois terços dos deputados, para aprovar o impeachment na Casa e o processo seguir para o Senado.
Por outro lado, a presidente Dilma precisa de 171 votos contrários ao impeachment para barrar o processo. Neste caso, as abstenções e as faltas dos parlamentares à sessão contam a favor do governo. Não há, porém, a expectativa de muitas faltas na sessão do domingo.
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“Se alguém está programado para fazer falta, ninguém vai anunciar”, disse o deputado federal Nelson Meurer (PP). Ele acredita que não haverá um número grande de deputados faltantes no domingo.
“Pode até ocorrer, mas em um número insignificante”, opina o deputado Ênio Verri (PT). “O parlamentar que tem compromisso com sua base terá dificuldade de faltar. Como a pessoa vai explicar isso para a sociedade?”, explica o deputado paranaense.
Para o cientista político Davi Fleisher, as faltas podem até contar a favor do governo, mas pegam mal para os parlamentares. “A ausência seria interpretada como um voto contra o impeachment, mas seria interpretada pelos eleitores como falta de coragem e de caráter”, diz o cientista político.
“O deputado avalia tudo que ele faz e se isso vai ajudar ou atrapalhar a reeleição”, diz Fleisher. “Acho que terá poucas faltas porque no domingo o Brasil inteiro estará ligado na televisão, então o deputado terá uma chance de aparecer na TV em rede nacional declarando seu voto. Isso para os deputados é muito importante”, opina.
Apesar de pouco provável, é possível que haja casos isolados de parlamentares que não estejam na sessão. É o caso, por exemplo, da deputada Clarisse Garotinho (PR), que está grávida e protocolou na Câmara um pedido de licença de 120 dias. Se a licença fosse de 121 dias ou mais, um suplente de deputado pelo DEM assumiria temporariamente a vaga de Clarisse. Os deputados Aníbal Gomes (PMDB) e André Abdon (PP) também estão de licença e não vão votar no domingo.
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