Curitiba Autor do substitutivo à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 446/05 na Comissão Especial do Processo Eleitoral da Câmara, o deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), diz saber das dificuldades que sua proposta de Reforma Política enfrentará no Plenário, mas espera a aprovação. "Sou um otimista e estou disposto a negociar".
Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, o peemedebista fala de sua expectativa quanto ao futuro da proposta de reforma política.
Gazeta do Povo Como foi a elaboração do substitutivo a PEC 446?Marcelo Barbieri Pegamos vários pontos de vários projetos que vieram da Câmara e do Senado. Discutimos muito na Comissão e acho que fizemos um bom trabalho. Tanto é que o relatório foi aprovado por unanimidade. Nossa proposta é resultado da discussão da Reforma que se iniciou na Câmara em 2003 e em 1999 no Senado.
O deputado espera a aprovação no plenário da Câmara?Uma PEC como essa nunca começa aprovada. É uma proposta com alguns pontos bastante polêmicos, como a adoção do financiamento público e a lista fechada. O importante é que pedimos a alteração do Artigo 16 da Constituição (que estabelece um ano de antecedência para mudanças na legislação eleitoral) com propostas. O projeto aponta o que deve ser alterado. Talvez seja preciso suprimir alguns itens. Vamos negociar. Estou aberto para conversar.
O PMDB apóia seu relatório?A orientação que eu recebi do nosso líder, (deputado Wilson Santiago, PMDB-PB) é de que a bancada apoiaria meu relatório. Na Comissão, o PMDB me deu total apoio. No plenário, a maioria dos deputados do PMDB deve votar pela minha proposta de reforma.
Qual o balanço que o senhor faz do seu projeto de reforma política?É uma proposta de grande importância para a democracia brasileira. Deixa o processo mais transparente.Traz a fidelidade partidária; acaba com o financiamento privado, que, na minha opinião é a raiz dos males da política brasileira; torna crime a prática de caixa 2; projeta regras claras sobre a atuação dos institutos de pesquisa. Estou otimista. Costuramos bem essa proposta na Comissão e vejo com bons olhos essa votação na Câmara.
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