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Alejandro Toledo, ex-presidente do Peru, em foto tirada em 2016 | MANDEL NGAN/AFP
Alejandro Toledo, ex-presidente do Peru, em foto tirada em 2016| Foto: MANDEL NGAN/AFP

O governo peruano anunciou nesta sexta-feira (10) que o ex-presidente Alejandro Toledo, acusado de receber US$ 20 milhões em suborno da Odebrecht em troca de uma licitação, estaria nos Estados Unidos e que, de lá, deve partir para Israel.

“Recebemos informação de uma fonte confiável de que o ex-presidente Alejandro Toledo Manrique se encontra em São Francisco, nos Estados Unidos da América”, disse a presidência do Conselho de Ministros em um comunicado.

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“Nesse sentido, as autoridades desse país foram alertadas, por meio de sua embaixada no Peru e da nossa, nos Estados Unidos, da possível localização do ex-presidente Toledo. Solicitou-se às autoridades de EUA que colaborem com sua detenção e expulsão”, acrescentou a nota.

“De acordo com as mesmas fontes, existiria o risco de fuga para o Estado de Israel. As autoridades do Estado de Israel também foram alertadas da possibilidade de que o requisitado queira ingressar em seu país”, acrescentou.

Toledo é casado com a antropóloga franco-belga Eliane Karp, que também tem nacionalidade israelense. Ele teve a prisão decretada pela Justiça nesta sexta-feira.

Aos 70 anos, Toledo, que já foi o paladino da democracia no Peru, está a ponto de virar o segundo ex-presidente peruano nas últimas três décadas a ser levado para a prisão por um caso de corrupção, depois de Alberto Fujimori, de quem foi um ferrenho opositor.

O ex-presidente, que governou o país entre 2001 e 2006, é acusado pelo ex-representante da Odebrecht no país, Jorge Barata, de ter recebido US$ 20 milhões de dólares para ajudar a empreiteira a vencer a licitação da obra de uma rodovia que liga o Peru ao Brasil.

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