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| Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP

Os advogados de Eike Batista informaram a autoridades que o empresário irá se entregar nesta segunda-feira (30), de acordo com fonte próxima às discussões. A promessa teria sido feita por escrito, mas ainda há dúvidas se será cumprida.

Neste domingo à noite, a GloboNews informou que o empresário, foragido das autoridades brasileiras desde quinta-feira (26), está a caminho do Brasil para se entregar à Polícia Federal. A previsão é que o ex-bilionário pouse no Aeroporto Internacional do Galeão às 10h30, vindo de Nova York. Ele chegou aos Estados Unidos no dia 24.

Eike teve a prisão decretada na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato que apura esquema usado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Desse valor, repassado em ações da Vale, da Petrobrase da Ambev, apenas 10% já foi recuperado pelo Ministério Público Federal.

Também com cidadania alemã, o empresário está foragido desde quinta-feira, 26. Segundo seus advogados, ele está no exterior, enquanto dados da Polícia Federal apontam que ele embarcou em um voo para Nova York utilizando seu passaporte alemão. Caso seja encontrado em território germânico, sua extradição será definida pela Justiça do país.

Além disso, se o empresário decidir se entregar à polícia, ainda não está definido o tipo de unidade prisional para qual será encaminhado, pois há imprecisões sobre a sua formação educacional. Em livro publicado em 2011, o ex-bilionário diz que interrompeu a faculdade de Engenharia na Alemanha “ainda na metade” do curso. Já o prospecto da Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da petroleira que fundou, a OGX, traz a informação que ele era “bacharel em Engenharia Metalúrgica pela Universidade de Aachen, Alemanha”.

Se ele não comprovar que possui ensino superior, terá que aguardar julgamento em uma cela comum. Detentos com diploma são encaminhados para unidades restritas aos que têm ensino superior.

Os advogados de Eike e a Polícia Federal (PF) foram procurados pela reportagem, mas não deram retorno às ligações.

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