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O secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, disse nesta quinta-feira que só vai enviar ao Ministério Público uma lista parcial com os nomes de 69 pessoas que comprovadamente foram mortas em confronto com a Polícia Militar.

Ele afirmou que recebeu uma determinação do governo do estado para não divulgar os nomes de todas as pessoas enquanto as investigações não estiverem concluídas.

Segundo Saulo de Castro, a medida está sendo tomada para proteger pessoas que não são diretamente envolvidas com a facção criminosa e não têm nada a ver com os ataques. Além disso, afirmou, é necessário poupar os policiais que podem ser vítimas de represália no caso de qualquer informação equivocada. O secretário disse que poderia ser acusado, posteriormente, de ter sido irresponsável por divulgar a lista completa antes do fim das apurações.

O prazo de 72 horas dado pelo procurador geral do Estado, Rodrigo Pinho, para a entrega completa da lista vence nesta quinta-feira. O MP pediu a lista dos mortos entre os dias 13 e 18 de maio para apurar eventuais abusos praticados pelas polícias Civil e Militar durante à repressão aos ataques do crime organizado em São Paulo.

O secretário sugeriu que as investigações sejam feitas em grupo. A equipe de trabalho seria formada por assessores do Ministério Público, advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), médicos escolhidos pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e também por representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) e entidades de direitos humanos.

A intenção é que juntos eles discutam e cheguem a uma conclusão sobre quais as pessoas mortas realmente estavam envolvidas com a facção criminosa que comandou os ataques desde o último dia 12 na capital. O número de policiais mortos assassinados em confronto com os suspeitos subiu, com a morte na quarta-feira de uma pessoa em Campinas. Agora são 24.

O secretário participou nesta manhã de quinta-feira de uma solenidade com o governador Cláudio Lembo, que assinou um decreto reorganizando as unidades da Polícia Militar e criando novas bases no interior.

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