Brasília (AE) Pesquisa CNT/ Sensus divulgada ontem mostra queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela pesquisa, a aprovação do desempenho pessoal passou de 50% para 46,7%, o menor nível desde o início do seu governo, em janeiro de 2003, quando a aprovação era de 83,6%.
A desaprovação, por outro lado, aumentou. O número dos que desaprovam Lula subiu de 39,4% para 44,2%. No início do governo apenas 6,8% desaprovavam o presidente.
Houve piora também na avaliação do governo. A avaliação positiva do governo Lula caiu de 35,8% na pesquisa de setembro para 31,1% no levantamento realizado nos dias 14 a 17 de novembro. A avaliação negativa do presidente subiu de 24% para 29%, enquanto a regular caiu de 38,2% para 37,6%.
Corrupção
A pesquisa mostrou ainda que, para a ampla maioria dos entrevistados (70,2%), a corrupção no Brasil "é grave e maior do que em outros países". Para 35,6% dos entrevistados, a corrupção "aumentou muito" no governo Lula. Esse último porcentual ficou estável em relação à pesquisa anterior, quando 35,9% responderam que a corrupção aumentou muito no atual governo.
Para 16,2% dos entrevistados na pesquisa divulgada hoje, a corrupção no governo Lula "aumentou um pouco" e para 6,6% "diminuiu um pouco". Na pesquisa de setembro, 18,6% dos entrevistados entendiam que a corrupção "aumentou um pouco" no governo Lula e 7,5% disseram que ela "diminuiu um pouco".
Novos fatos
A CNT/Sensus mostrou ainda que, para 77,5% dos entrevistados, podem surgir novos fatos para agravar a crise política, enquanto para somente 16,4% a maior parte das denúncias já foi feita. Esta é a primeira vez que esta pergunta foi inserida na pesquisa.
O levantamento indicou também que, para 64,6% dos entrevistados, as denúncias de corrupção vão influenciar seu voto nas próximas eleições. Outro dado negativo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indica que 72,6% dos entrevistados responderam que a imagem dele foi afetada pela crise política a ponto de prejudicar sua reeleição no ano que vem, enquanto somente 23,7% disseram que a imagem de Lula não foi afetada pela crise.
A grande maioria dos entrevistados (82,1%) disse que não vota em político envolvido em irregularidade e somente 13,9% disseram que votam em tais políticos porque o importante é "o que eles fazem pelo povo".
"É baixo o porcentual daqueles que apóiam o rouba mas faz", comentou o presidente do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.
Participação
Outro dado negativo da pesquisa para o presidente Lula mostrou que, para 42,8% dos entrevistados, o presidente participou da corrupção hoje denunciada no país. Outros 41,3% avaliam que Lula não participou da corrupção.
Para Guedes, a queda na aprovação do governo e do presidente, na pesquisa divulgada ontem deve-se a "uma avaliação ética", que foi influenciada pelos desdobramentos da crise política. "A avaliação ética demora mais para mudar do que os fatos", argumentou Guedes. Na avaliação dele, a pesquisa indicou que "o susto" com a crise política não está ainda totalmente absorvido pela população. Por isso, ele acredita que pode piorar a avaliação do presidente nas próximas pesquisas.
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