Dilma foi aos Estados Unidos em busca de uma agenda positiva: tática não deu muito certo.| Foto: Lucas Jackson/Reuters

A avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff, de 68% dos entrevistados, é a pior da série histórica do levantamento feito pelo Ibope divulgado nesta quarta-feira (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual daqueles que avaliam como ruim ou péssimo o governo bateu o recorde nos 29 anos dos dados compilados pela pesquisa e ultrapassou a marca negativa do então presidente José Sarney em julho de 1989.

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82% consideram 2º mandato de Dilma pior que 1º

Subiu de 76% para 82% o total de entrevistados que consideram o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff pior do que o primeiro, segundo pesquisa Ibope divulgado nesta quarta-feira (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Por outro lado, aqueles que avaliam como melhor oscilaram de 4% para 3%, portanto, dentro da margem de erro entre o levantamento de março e o realizado em junho. O porcentual daqueles que consideram igual os dois mandatos de Dilma caiu de 18% para 14% no período.

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Por outro lado, a avaliação positiva do governo de Dilma , de 9%, só não foi pior à registrada por José Sarney em sondagens realizadas em junho e em julho de 1989. Na ocasião, Sarney tinha 7% de avaliação ótima ou boa dos entrevistados.

O levantamento foi realizado entre 18 e 21 do mês passado, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.

Avaliação negativa

Tendo completado apenas seis meses de segundo mandato, a perspectiva negativa da população para o restante do governo da presidente Dilma Rousseff subiu de 55% em março para 61% em junho, segundo pesquisa Ibope divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Por outro lado, a perspectiva positiva para o restante do mandato da petista oscilou no período de 14% para 11%. Aqueles que consideram regular a perspectiva do governo até o final de 2018 oscilou em três meses de 25% para 23%.

Popularidade

Segundo a pesquisa CNI/Ibope mais uma vez queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff e seu governo. O porcentual de pessoas que avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 64% para 68% ante a última pesquisa, realizada em março.

De acordo com o levantamento, caiu de 12% para 9% os que avaliam o governo petista como ótimo ou bom. Também caiu de 23% para 21% os que consideram o governo regular.

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A desaprovação da maneira de governar da presidente Dilma subiu de 78% para 83%. E a aprovação da maneira de governar caiu de 19% para 15%.

Já a confiança na presidente Dilma mostra trajetória de queda: 20% dos entrevistados disseram confiar na presidente, ante 24% no levantamento anterior. Esse é o pior índice desde o início do governo, em 2011. Subiu de 74% para 78% os que disseram não confiar na petista.

Desaprovação ao governo é percebida em todas as áreas avaliadas

De acordo com a pesquisa CNI/Ibope, a desaprovação ao governo Dilma Rousseff prevalece em todas as áreas analisadas. A avaliação da política de taxa de juros do governo é desaprovada por 90% dos entrevistados, sendo que só 6% aprovam.

No momento em que a taxa básica de juros está em 13,75%, o índice demonstrado na pesquisa revela que a avaliação é a pior desde o primeiro governo de Dilma. O porcentual é o mesmo quando o assunto é impostos (90% desaprovam e 7% aprovam).

Na área econômica, a percepção ruim da população aumentou em praticamente todos os setores. A reprovação ao combate a inflação subiu para 86% ante 84% da pesquisa anterior. Já o combate ao desemprego foi desaprovado por 83% dos entrevistados ante 79%.

Na área social, a política do governo para Saúde foi reprovada por 86% das pessoas ouvidas ante 85% do levantamento de março. O combate à pobreza foi desaprovado por 68% (ante 64% da pesquisa anterior) e aprovado por 29% (ante 33% anterior).