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Antes de falar ao Ministério Público e ao JN de anteontem, Delúbio Soares apresentou a linha-mestra de sua defesa a um seleto grupo de dirigentes petistas, entre eles os líderes do governo no Congresso Arlindo Chinaglia e Aloízio Mercadante.

Aviso prévio 2 – Delúbio os comunicou que abriria a caixa-preta dos financiamentos de campanha e afirmaria que todos os petistas, menos o presidente Lula, tiveram caixa 2 na disputa de 2004, quando Mercadante foi o senador mais votado do país.

Livro-caixa – O ex-tesoureiro foi duramente contestado por Aloízio Mercadante: "A minha não". "Ah é? E quem você acha que pagou o Duda Mendonça?", rebateu Delúbio, citando o marqueteiro oficial do partido e dono de uma das agências da Secom.

Brincando com fogo – Para a CPI, as recentes declarações de Delúbio abriram novas frentes de investigação, entre elas as relações do governo com os bancos BMG e Rural, a contabilidade do partido e um suposto caixa 2 na campanha do presidente Lula em 2004.

Espontânea pressão – Dr. Rosinha (PT-PR) irá pedir a desfiliação de Delúbio caso o ex-tesoureiro não apresente espontaneamente o pedido de desligamento do partido na próxima reunião da Executiva.

Nosso banco – Nem bem assumiu, o ministro Luiz Marinho (Trabalho) terá de explicar as negociações com o Banco Rural para implementar o banco da CUT, projeto que era a menina dos olhos de Delúbio.

Café no bule – Dentre as muitas dúvidas da CPI dos Correios sobre Delúbio Soares e Sílvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, uma certeza: os depoimentos dos dois nesta semana têm tudo para bater o recorde de duração.

Dose dupla – O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), vai propor uma parceira da comissão com o Ministério Público Federal. A idéia é atuar em conjunto para punir crimes como mentir em depoimentos e destruir documentos.

Tente outra vez – O Ministério Público do Paraná mandou à Corregedoria da Câmara 19 processos contra o deputado José Janene (PP) que tramitam no estado. É a terceira vez que o material é enviado. Nas outras duas ocasiões, o órgão fez vistas grossas.

Milhagem – O Conselho de Ética da Câmara têm sido insistentemente procurado por Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher de Valdemar Costa Neto (PL-SP). A socialite quer que a Casa pague as passagens áreas para que ela deponha na comissão.

Outro lado – O presidente da Link/Bagg Comunicação diz que os R$ 105 mil doados à campanha petista na BA foram em serviços prestados, não em dinheiro. Segundo ele, a agência não participou de licitação em Camaçari.

Ajuda de fora – A liderança do PT na Assembléia paulista pedirá hoje ao Tribunal de Contas do Estado que investigue a Secretaria da Fazenda. Os petistas acusam o governo tucano de ter sido negligente na fiscalização da loja Daslu. Há cinco pedidos de CPI sobre a área fiscal encalhados na Casa.

Em silêncio – O líder do governo na Assembléia, Edson Aparecido (PSDB), rebate: "Das quase um milhão de empresas registradas na Secretaria da Fazenda, cerca de 30 mil estão sendo fiscalizadas, entre elas a Daslu. Sem precipitação ou pirotecnia para desviar a atenção dos escândalos".

Tiroteio

* Do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), subrelator da CPI dos Correios, sobre a versão de Delúbio Soares e Marcos Valérios para os saques milionários das agências do empresário:

– Os dois estão preocupados com o lado legalista, mas a CPI é um processo político. Com tanta mentira e com os fatos apurados, o PT está moralmente e eticamente condenado.

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