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A família Pracownik protestando, acompanhado da babá. | Reprodução/Facebook
A família Pracownik protestando, acompanhado da babá.| Foto: Reprodução/Facebook

Uma das imagens mais polêmicas dos protestos deste domingo é a foto do casal Cláudio Pracownik e Carolina Maia, com os dois filhos, todos vestidos de verde e amarelo, os quais são levados em um carrinho por uma babá negra. A imagem, feita no Rio de Janeiro, foi compartilhada no Facebook e logo ganhou milhares de comentários críticos, que apregoavam o perfil elitista de quem compareceu às manifestações.

Depois que a foto viralizou, Pracownik se manifestou pelo Facebook. Ele, que é vice-presidente de Finanças do Flamengo e diretor executivo da empresa Brasil Plural, lamentou as críticas que a foto suscitou. “Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária”, afirmou.

No texto, o executivo afirma que ganha dinheiro honestamente, que os bens que possui estão no próprio nome, que paga impostos e não propinas e que emprega centenas de pessoas. Diz que, em sua casa, tem quatro funcionários, todos com carteira assinada e que recebem em dia. “Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente”, diz ele.

A respeito da babá que aparece na foto, Pracownik afirma que ela trabalha apenas aos finais de semana e recebe a mais por isto. “Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro. A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito”, afirma.

O executivo reforça que a babá é livre e pode procurar outro emprego, se quiser. “Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus”, acrescenta.

Ele se diz feliz em gerar emprego em um país que está envolvido em uma “de suas piores crises econômicas do século”. Mas que se sente triste em perceber como sua privacidade pode ser invadida e alvo de um “pensamento mesquinho, limitado, parcial”.

Seis horas após a postagem, o texto de Pracownik recebeu mais de uma centena de comentários e foi compartilhado 83,7 mil vezes.

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