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A Força Tarefa da Operação Lava Jato já tem provas “suficientes” de que o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, operou o pagamento de propinas para barrar a CPI da Petrobras em 2009. Em decisão publicada nesta quarta-feira, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, decretou uma nova prisão preventiva contra Baiano, que está preso desde novembro do ano passado acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, justificando com as novas evidências apresentadas pelo Ministério Público Federal.

Os investigadores da Operação Lava Jato afirmam que Baiano operou o pagamento de propinas da empreiterias Queiroz Galvão para obstruir as investigações da CPI. Em depoimento, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, declarou que foram repassados R$ 10 milhões para o então presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, morto em 2014.

“Com o levantamento do sigilo sobre os depoimentos da colaboração premiada de Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, veio à luz informação de que teria havido pagamento de propina a parlamentares para obstruir as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás dos anos de 2009 e 2010”, disse Moro.

Apontado como o operador do PMDB dentro do esquema de corrupção da Petrobras, Baiano já é réu na ação que investiga o superfaturamento na compra de dois navios sondas pela Diretoria Internacional da estatal, controlada na época por Nestor Cerveró. O esquema teria desviado, ao menos, US$ 56 milhões.

“Surgiram mais provas a respeito dos crimes pelos quais Fernando foi denunciado, novas provas sobre outros crimes de que teria participado e ainda, em especial, prova de que ele teria intermediado o pagamento de propinas para obstruir o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito de 2009 e 2010, evidenciando risco à investigação e à instrução”, afirmou Moro no despacho qme que justificou a medida.

A segunda ordem de prisão contra o operador do PMDB foi determinada a partir da quebra do sigilo dos depoimentos de delação de Costa e Youssef. Moro disse ainda que há novos indícios de pagamento de propina a diretores da Petrobras no caso referente a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

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