1.º de fevereiro é a data da posse dos deputados eleitos e da eleição para a presidência da Câmara Federal. Logo após a solenidade em que assumem o cargo, começa o processo eleitoral. Caso nenhum dos candidatos consiga maioria absoluta na primeira votação, haverá um segundo turno com os dois mais votados.
Na bancada paranaense, a disputa para a presidência da Câmara Federal está acirrada. A Gazeta do Povo procurou os 30 parlamentares do estado para perguntar-lhes em quem votariam. Seis disseram que votarão em Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cinco declararam voto em Arlindo Chinaglia (PT-SP). E quatro escolheram Júlio Delgado (PSB-MG). Chico Alencar (PSol-RJ) lançou candidatura na sexta-feira, quando o levantamento já estava sendo fechado. Apesar da divisão das preferências, vários deputados declararam que ainda não definiram o voto ou disseram que não irão revelá-lo. Embora não tenha conseguido ouvi-los, a Gazeta contabilizou o voto de Osmar Serraglio (PMDB) para Cunha, pois ele integra a campanha do peemedebista; e de Aliel Machado (PCdoB), Zeca Dirceu (PT) e Toninho Wandscheer (PT) em Chinaglia, pois faziam parte da comitiva do petista que visitou Curitiba.
Como votam os paranaenses
Seis deputados federais do Paraná ainda não definiram em quem votarão no dia 1º de fevereiro
A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados poderá gerar um racha num dos blocos de oposição ao governo Dilma Rousseff. Alinhado com PSB, PPS e PV, o Solidariedade (SD) ameaça deixar o grupo caso seja mantido o apoio à candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG). A avaliação é que a candidatura de Delgado beneficia Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato apoiado pelo Planalto. Para o Solidariedade, a candidatura de Delgado é "inviável" e funciona como uma "linha auxiliar" da de Chinaglia.
Em nota, o presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), e o líder do partido na Casa, Arthur Maia (BA), dizem apoiar a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que estão "pondo em discussão" a participação no bloco formado no final do ano passado. Se mantido, o grupo terá 67 deputados na próxima legislatura (34 do PSB, 15 do Solidariedade, 10 do PPS e 8 do PV).
Já o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que não pretende retirar o apoio dos tucanos a Júlio Delgado. "Se o Júlio for para o segundo turno, com esse desgaste entre PT e PMDB, isso o favorecerá."
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