A bancada paranaense se opôs ao governo federal em várias das votações mais polêmicas de 2015. Em três projetos considerados decisivos para a gestão Dilma Rousseff (PT), os deputados federais do Paraná votaram majoritariamente contra o interesse do governo. Em dois projetos de interesse do partido de Dilma, o PT, a bancada paranaense também se mostrou distante dos desejos da legenda.
Veja como votou seu deputado em cinco projetos polêmicos de 2015
A maior derrota numérica do governo na bancada paranaense foi na análise do veto da presidente ao reajuste do Judiciário. O reajuste de 78%, que repunha perdas dos funcionários ao longo dos últimos nove anos, era visto como parte da “pauta-bomba” que o Congresso pôs em votação ao longo do ano – conjunto de projetos que poderia ampliar ainda mais os gastos do governo federal.
Meio a meio
A votação mais apertada dentro da bancada paranaense foi a do fim do financiamento empresarial para campanhas eleitorais. Foram 13 votos contrários à proposta e 12 a favor, além de cinco ausências.
Maior derrota
Na votação do veto da presidente ao reajuste de 78% ao Judiciário, 20 deputados do Paraná se posicionaram pela derrubada do veto, contra apenas oito pela manutenção.
Na votação, Dilma teve apoio de apenas oito dos 30 deputados paranaenses, com vinte votos pela derrubada do veto. Apesar de poucos, os votos paranaenses ajudaram Dilma a manter o veto: a oposição precisava de 257 parlamentares para reverter a decisão da Presidência e conseguiu seis a menos do que o necessário.
Outra votação relevante para o governo era a que previa a repatriação de dinheiro enviado ilicitamente para o exterior. Desde que tivesse sido obtido de maneira legal, o recurso poderia ser trazido para o país, pagando-se uma taxa por isso. A esperança do governo federal era de recuperar pelo menos R$ 100 bilhões com a medida. Na bancada do Paraná, foram 11 votos favoráveis e 18 contrários.
Como parte do pacote de ajuste fiscal, o governo também colocou em votação mudanças no seguro-desemprego e no seguro-defeso, dentre outros programas sociais, que previam maior dificuldade para acessar os benefícios. O texto, enviado como Medida Provisória, foi convertido em lei, mas a maioria da bancada paranaense votou contra: 15 votos a 12.
No projeto que previa a redução da maioridade penal, os deputados paranaenses estiveram em peso a favor da proposta: foram 18 votos a 11, com apenas um parlamentar ausente. Nesse caso, foram duas votações, já que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos maiores interessados na aprovação da proposta, se viu derrotado na primeira votação e conseguiu, usando uma brecha do regimento, votar uma segunda proposta quase idêntica em seguida. Na segunda tentativa, venceu.
A votação mais apertada em projetos polêmicos, dentro da bancada paranaense, foi a do fim do financiamento empresarial para campanhas eleitorais. Dos 30 deputados do estado, 13 foram contrários à proposta e 12 a favor, com cinco ausentes no momento da votação. A proposta foi derrubada e a Câmara manteve as doações. No entanto, pouco depois o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que as doações empresariais são inconstitucionais.
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