Correção
Nome de parlamentar saiu trocado
Wenderson Araújo/ Gazeta do PovoA legenda da foto publicada na reportagem "Bancada pouco produtiva", na edição de ontem da Gazeta do Povo, estava incorreta. O deputado federal Hidekazu Takayama (foto acima), que aparecia na imagem, foi identificado erradamente como sendo o deputado federal Luiz Nishimori (foto abaixo).
Daniel Castellano/ Gazeta do PovoOs 30 deputados federais do Paraná faltaram em média a 12% das sessões deliberativas em plenário realizadas no primeiro semestre de 2011. Apenas três mantiveram 100% de frequência Fernando Francischini (PSDB), Hermes Parcianello (PMDB) e Luiz Nishimori (PSDB). Na outra ponta, cinco registraram menos de 75% de comparecimento Dr. Rosinha (PT), Ratinho Júnior (PSC), Hidekazu Takayama (PSC), Alfredo Kaefer (PSDB) e Angelo Vanhoni (PT).
O índice está próximo ao desempenho nacional e estadual no período. De acordo com levantamento da organização Transparência Brasil, a média de faltas dos 513 deputados federais foi de 13% no primeiro semestre. Já a porcentagem média de ausência dos 54 deputados estaduais paranaenses ficou em 10%, segundo balanço publicado na última sexta-feira pela Gazeta do Povo.
Na comparação com um trabalhador comum, é como se os deputados não comparecessem a um dia de trabalho a cada duas semanas. Na Câmara Federal, entretanto, a maioria esmagadora das faltas é abonada e não implica em sanções ou desconto de salário. Das 200 ausências dos parlamentares do estado na Casa, 173 foram relevadas.
Paranaense com menos presença em plenário no semestre (62%), Vanhoni só não justificou uma das 21 faltas. Nas explicações do petista, 17 foram motivadas por "atendimento a motivação político-partidária". Houve ainda uma falta para tratamento de saúde e duas para viagens em missões autorizadas.
"Tem casos em que a falta é necessária, compreensível. Mas a maioria das explicações é feita mais para não haver desconto de salário", diz o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz.
Entre os paranaenses, o recordista de ausências não justificadas (seis) é André Vargas (PT), que ainda assim teve 82% de frequência, índice superior ao de outros seis colegas. "Faltei por problemas de saúde, que ainda vão ser justificados. Aliás, deixei para fazer uma operação agora no recesso", afirma Vargas, que sofre de problemas gástricos e no pâncreas.
De acordo com o regimento interno da Câmara, as ausências injustificadas não podem ser consideradas permanentes, já que as justificativas podem ser apresentadas a qualquer momento. As justificativas precisam ser fundamentadas e analisadas, mas não há estimativas recentes de pedidos negados.
Além disso, existe um teto para descontos. Do salário de R$ 26.723,13, a redução só pode chegar a R$ 16.701,96, mesmo que um deputado falte todas as sessões deliberativas realizadas ao longo de um mês. Os descontos são proporcionais ao número de sessões uma falta não justificada em um mês com dez sessões implica em um desconto de 10% do teto, ou seja, R$ 1.670,20.
Entre os três deputados que não faltaram nenhuma vez, dois estão no primeiro mandato os tucanos Francischini e Nishimori. "Não fiz nada mais do que a minha obrigação. Aproveitei esse começo de mandato para ficar direto em Brasília", conta Nishimori.
Comissões
Ao longo do semestre, os paranaenses mantiveram uma média de 16% de faltas em reuniões realizadas nas comissões permanentes e temporárias. O porcentual está bem abaixo da média geral de 31% de todos os deputados federais, segundo a Transparência Brasil. Só dois conseguiram 100% de presença os também novatos Leopoldo Meyer (PSB) e Rosane Ferreira (PV).
Cada deputado tem de participar de uma comissão permanente como titular e de outra como suplente. Há ainda a possibilidade de integrar comissões temporárias, como a que atualmente discute a reforma política, e comissões de inquérito. Além de ser a mais assídua, Rosane foi a paranaense que precisou comparecer a mais encontros de comissão (98).
Já Abelardo Lupion (DEM) foi o paranaense com mais faltas em comissões. Das 23 reuniões da Comissão de Agricultura das quais deveria comparecer, faltou a 11 sem justificativa e a uma com justificativa. "Sou o coordenador do setor agropecuário do meu partido e muitas discussões que eu articulo acabam se repetindo na comissão", disse Lupion.
Ao contrário das faltas a sessões deliberativas, as ausências em comissões não provocam descontos no salário dos deputados.
Briga de Pochmann e servidores arranha imagem do IBGE e amplia desgaste do governo
Babás, pedreiros, jardineiros sem visto: qual o perfil dos brasileiros deportados dos EUA
Crise dos deportados: Lula evita afronta a Trump; ouça o podcast
Serviço de Uber e 99 evidencia “gap” do transporte público em grandes metrópoles
Deixe sua opinião