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Maggi: crítica ao tratamento suave  dado pelo governo  ao PMDB | Paulo H. Carvalho/Ag. Senado
Maggi: crítica ao tratamento suave dado pelo governo ao PMDB| Foto: Paulo H. Carvalho/Ag. Senado

O PR promete reunir suas bancadas na Câmara dos deputados e no Senado hoje para decidir se vai deixar a base de apoio da presidente Dilma Rousseff. Depois da "limpeza" que a presidente promoveu no Ministério dos Transportes, com a demissão de servidores na pasta comandada pela sigla, o partido cobra o mesmo tratamento no Ministério da Agricultura – chefiado pelo PMDB.

Lideranças do PR afirmam que a presidente impôs à legenda um "tratamento de choque", enquanto vem suavizando as denúncias que envolvem o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

"Esperávamos que o governo tivesse a mesma mão para os dois casos, mas não estamos vendo isso. Se não, ficam dois pesos e duas medidas. As denúncias colocadas agora [contra o PMDB] têm endereço, nome e CPF. As denúncias no Ministério dos Transportes não tinham conteúdo", disse o senador Blairo Maggi (PR-MT).

O parlamentar disse acreditar que a presidente não promoveu demissões na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nem no Ministério da Agricultura por ter no PMDB o seu principal aliado no Congresso.

O parlamentar defende "independência" do PR em relação ao governo Dilma – assim como também vai sugerir que a bancada da Câmara Federal desembarque do bloco governista na Casa, a exemplo do que fizeram os senadores da sigla. "Eu defendo independência sem estarmos presentes no governo. Saímos do bloco aqui no Senado, o que nos dá liberdade para escolhermos nossos votos. Dá para fazer política sem estar no governo", afirmou.

Além do ex-ministro Alfre­­do Nascimento (Transportes), que deixou o cargo em meio às denúncias de corrupção na pasta, outros 27 servidores foram afastados da pasta – a maioria ligados ao PR.

Petistas

O diretório nacional do PT deixou para as duas últimas linhas da resolução do partido, de três páginas, o apoio à "faxina" promovida pela presidente Dilma. Os petistas apontaram as medidas, iniciadas com as denúncias de corrupção nos Transportes, como "continuidade" de iniciativas do ex-presidente Lula.

A versão preliminar da resolução, modificada por meio de emendas dos petistas, era mais contundente no apoio, mas associava os desmandos nas estatais aos antecessores de Lula. Na versão definitiva, os petistas optaram por uma saída sem referência à oposição e que não criasse possíveis insatisfações em partidos aliados, como o PR.

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