A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) reuniu-se, na manhã desta sexta-feira, 9, com o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, e pediu o afastamento de agentes públicos envolvidos na suposta formação de cartel em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O líder do PT na Alesp, Luiz Claudio Marcolino, defendeu o afastamento de agentes para evitar possíveis interferências no processo investigativo. "Há vários agentes atuais que estavam (no governo) na época dos contratos. O que pode acontecer é, caso eles não sejam afastados, criarem um processo de ocultação de provas e dificultar o processo de investigação", afirmou.
Além disso, a bancada petista pediu a suspensão imediata dos contratos firmados entre o Estado e as empresas Alstom e Siemens suspeitas de participação no suposto cartel. "A suspensão dos contratos se faz necessária para o bem do serviço público, pois possibilitará a avaliação e possível revisão dos contratos que estejam contaminados pelo cartel da corrupção, superfaturamento e pagamentos de propina", diz trecho de nota enviada à imprensa pelo PT.
Os petistas solicitaram o afastamento dos seguintes agentes públicos: Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes (secretário de Transportes Metropolitanos), Mário Manoel Rodrigues Seabra Bandeira (diretor presidente da CPTM), José Luiz Lavorente (diretor de Operação e Manutenção da Companhia da CPTM), Décio Gilson Tambelli (coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria de Transportes Metropolitanos e ex-diretor de Operação do Metrô) e Nelson Scaglioni (gerente de Manutenção do Metrô).
O procurador-geral Elias Rosa informou, por meio de nota, que o ofício será encaminhado aos promotores de Justiça do Patrimônio Público e Social e do Gedec - Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos, que têm atribuição nas apurações já em curso.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura