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Deputados federais do Paraná estão exigindo do governo federal a liberação imediata da área livre de febre aftosa no Paraná. A reivindicação foi apresentada ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, pelos deputados Abelardo Lupion (PFL), César Silvestri (PPS), Eduardo Sciarra (PFL) e Dilceu Sperafico (PP) durante reunião na noite de quarta-feira. O ministro adiantou aos parlamentares o resultado do laudo oficial do Laboratório Nacional Agropecuário descartando a doença no Paraná.

Os parlamentares explicaram ao ministro que os produtores adotaram todas as medidas necessárias quando foi levantada a suspeita da doença e não poderiam esperar mais pela liberação. "Esperávamos que o ministro liberasse hoje (ontem) o estado, mas ele viajou sem dar uma resposta. Não podemos mais esperar e deixar o gado sem vacinar", disse o deputado Abelardo Lupion.

Nos 45 municípios paranaenses que estavam sob suspeita, segundo Lupion, os produtores rurais interromperam a campanha de vacinação e estão tendo grandes prejuízos. "Um milhão de litros de leite foram jogados fora, não podemos fazer leilão, exposição, não podemos comercializar animais. O estado parou", afirmou. "Temos que voltar a exportar suínos e leite cru. Não temos aftosa aqui".

Desde o surgimento do foco em Mato Grosso do Sul, o Paraná deixou de abater 50 mil animais, devido às barreiras sanitárias. O prejuízo dos produtores de leite está estimado em R$ 1 milhão.

Segundo Lupion, os produtores rurais que tiveram perdas não terão outra alternativa a não ser acionar a União para serem indenizados. O deputado criticou a postura de técnicos do Ministério da Agricultura, que "não se conformam" por não ter sido encontrado nenhum foco de aftosa no Paraná. "Isso é revoltante", comentou. Os agricultores, alerta, não devem aceitar mais nenhum exame no rebanho bovino paranaense.

Para o deputado César Silvestri, que faz parte da Comissão da Agricultura da Câmara, o governo falhou em não liberar cerca de 80% do Orçamento de 2006 destinado à sanidade animal e o ministro da Agricultura foi precipitado ao afirmar que a possibilidade de comprovação da doença no Paraná chegava a 90%.

Segundo Silvestri, a responsabilidade de ressarcimento dos prejuízos dos produtores tem que ser assumida pelo governo do estado em parceria com o governo federal com a máxima urgência. "Para economizar pouco mais de R$ 111 milhões para pagar juros da dívida e garantir o superávit primário, o governo Lula deixou flanco aberto para um prejuízo de US$ 1 bilhão", comparou.

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