Manifestação: ambientalistas do Greenpeace fazem protesto no Congresso pela demora da votação da Lei de Renováveis| Foto: Evaristo Sá/AFP

A bancada ruralista conseguiu cadeiras importantes no Con­­­gresso Nacional para defender suas bandeiras. Os deputados ligados ao setor de agronegócios conquistaram a Comissão de Agricultura e a Comissão de Meio Ambiente. No Senado, os ruralistas emplacaram quatro integrantes na Comissão de Meio Ambiente. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confede­­­ração Nacional da Agricultura (CNA), será vice-presidente da comissão.

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A influência na Comissão de Meio Ambiente neste ano é considerada particularmente importante devido à discussão das mudanças do Código Florestal. O relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), prevendo a retirada de restrições importantes ambientais, deve ser votado nas comissões da Câmara em breve.

O PV tentou assegurar a presidência da Comissão de Meio Ambiente, mas perdeu a indicação para o PDT. O escolhido para a presidência foi o deputado ruralista Geovani Cherini (PDT-RS). A escolha dos cargos segue a ordem do tamanho das bancadas partidárias e, pela regra, o PDT – com 27 deputados – che­­gou na frente. O bloco formado pelo PV e pelo PPS soma 24 deputados.

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"Foi feito um acordo e no próximo ano a Comissão de Meio Ambiente será do Partido Verde. Será feita uma espécie de rodízio", afirmou o líder do PV, deputado Sarney Filho (MA). "Na tradição recente a comissão tem sido presidida pelo setor ruralista", disse Sarney Filho.

Nas mãos dos ruralistas ficou também a Comissão de Agri­­cultura da Câmara. Coube ao DEM indicar o nome: o do deputado Júlio César (DEM-PI). O De­­­partamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), entidade que acompanha os trabalhos do Congresso, inclui os nomes de Cherini e de Júlio César na bancada ruralista formada por 141 deputados e 18 senadores.

Greenpeace

Ontem, ambientalistas da organização não governamental Greenpeace fizeram um protesto em frente ao Congresso Na­­­cional. Com uma réplica de uma turbina eólica, eles pediam a votação rápida da Lei dos Re­­­nováveis, que incentiva o uso de energia limpa no país. O projeto espera por votação há cerca de um ano na Câmara.