Depois da revelação de que a consultoria do ministro Antonio Palocci havia prestado serviços para uma empreiteira (a WTorre) e a uma empresa de plano de saúde (a Amil), ontem tornou-se pública a informação de que um banco também foi cliente do petista: o Santander. O banco, o terceiro maior do país, tem interesses no governo, assim como a WTorre (que tem negócios com órgãos federais, como a Petrobras) e a Amil (cujo serviço é regulamentado pela União).
Segundo reportagem de ontem do jornal O Estado de S. Paulo, o Santander é parceiro da Petrobras num programa de crédito para fornecedores da estatal e tem financiamento do BNDES para a compra de jatos, que o banco aluga para a viação aérea Azul. Em nota ao jornal, o Santander explicou que contratou o ministro para dar palestras a seus executivos.
A revelação de que o Santander contratou os serviços da Projeto aumentou a pressão de parlamentares da oposição sobre Palocci. O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que a resistência do ministro em comparecer ao Congresso para se explicar só aumenta as dúvidas quanto aos procedimentos que resultaram na multiplicação de seu patrimônio em mais de 20 vezes, em quatro anos.
Apesar disso, a oposição ainda está longe de conseguir explicações. Até agora, 100 deputados assinaram o pedido de abertura de uma CPI para investigar o ministro (são necessárias 171). No Senado, houve a adesão de 20 parlamentares o mínimo exigido é 27.
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